Esporte

Pai de Neymar nega ajuda para fiança de Daniel Alves

Justiça fixou 1 milhão de euros para soltura em caso de estupro

Daniel Alves e Neymar em eliminação do Brasil na Copa de 2022 (Foto: Nelson Almeida/AFP)

Redazione Ansa

(ANSA) - O empresário Neymar da Silva Santos, pai do atacante Neymar, admitiu nesta quinta-feira (21) que ajudou financeiramente Daniel Alves em meio ao processo que enfrentava na Espanha por estupro, mas garantiu que não repetiu o gesto após a condenação do atleta e a fixação de fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,45 milhões) para a soltura.

“Como é do conhecimento de todos, em um primeiro momento, ajudei Dani Alves, sem nenhum vínculo com qualquer processo”, escreveu Neymar “Pai” em uma nota oficial publicada em suas redes sociais.

“Neste segundo momento, em uma situação diferente da anterior, em que a justiça espanhola já decidiu pela condenação, estão especulando e tentando associar o meu nome e do meu filho a um assunto que hoje não nos compete mais”, prosseguiu.

“Espero que o Daniel encontre junto à sua própria família todas as respostas que ele procura. Para nós, para minha família, o assunto terminou. AGORA PONTO FINAL!”, concluiu.

Nesta quarta (20), o Tribunal de Barcelona concedeu liberdade condicional ao jogador brasileiro, condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro contra uma jovem de 23 anos no banheiro de uma boate da capital catalã.

O lateral-direito poderia deixar a cadeia após 14 meses em cárcere, mediante proibição de sair da Espanha, além da fiança.

O Ministério Público pedia a condenação do jogador a nove anos de reclusão, porém o tribunal levou em conta um atenuante de reparação de danos pelo fato de, antes mesmo da sentença, a defesa ter depositado em juízo a quantia de 150 mil euros (R$ 763 mil) para ser repassada à vítima independentemente do resultado do julgamento. O dinheiro veio do pai de Neymar Jr.

A sentença de quatro anos e meio de prisão ainda pode ser aumentada em segunda instância, porém, ao aceitar o pedido de liberdade, o Tribunal de Barcelona considerou que dificilmente um recurso será julgado antes de o brasileiro completar dois anos de cadeia, prazo máximo para prisão preventiva na Espanha.

O prazo para pagamento nesta quinta não foi cumprido, e o jogador segue preso, portanto, no Centro Penitenciário Brians 2.


    (ANSA).
   

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