O Senado da Itália aprovou nesta terça-feira (23) um decreto que impactará o futebol nacional ao criar uma polêmica agência para monitorar os orçamentos dos clubes profissionais do país.
Na prática, a comissão vai funcionar como um órgão de controle e fiscalização da legitimidade e regularidade da gestão econômica dos times das três primeiras divisões.
O chefe da agência e seis componentes vão ser nomeados através de um decreto da primeira-ministra (Giorgia Meloni) ou do ministro do Esporte (Andrea Abodi), mas o projeto também prevê a participação do ministro da Economia (Giancarlo Giorgetti) na seleção.
A chamada emenda Mulè, que teve seu texto alterado para que a Itália não sofra sanções da Fifa e da Uefa, reconhece o direito das ligas profissionais e oferece maior representatividade à Série A.
A Federação Italiana de Futebol (Figc), por sua vez, precisará adaptar seus estatutos por lei, após a intervenção do governo, e verá o peso da Lega Serie A aumentar principalmente no sistema federal.
Ao todo, o procedimento é composto por 26 artigos e interfere até mesmo nas eleições dos mandatários das federações esportivas, alterando as regras relativas à reelegibilidade para um quarto mandato consecutivo.
Entre outras normas, a Agência Nacional Antidoping da Itália (Nado) passará a ser reconhecida como uma "agência técnica independente". (ANSA).
Senado da Itália aprova criação de agência para monitorar times
Texto foi alterado para evitar sanções da Fifa e da Uefa