Esporte

COI sai em defesa de boxeadora que lutou contra italiana

Comitê criticou duramente a 'agressão' sofrida por Imane Khelif

Comitê criticou duramente a 'agressão' sofrida por Imane Khelif

Redazione Ansa

Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (1º), o Comitê Olímpico Internacional (COI) saiu em defesa da boxeadora argelina Imane Khelif, que lutou nos Jogos Olímpicos de Paris, na França, contra a italiana Angela Carini.
    A africana causou polêmica, principalmente na Itália, por ter sido admitida nas Olimpíadas mesmo depois de ser desclassificada do Mundial do ano passado em virtude da reprovação em um teste de gênero. No combate, a europeia desistiu da disputa após poucos segundos do início.
    A entidade criticou duramente a "agressão" em curso contra a boxeadora argelina, além de definir a sua desclassificação do Mundial de 2023 como "arbitrária" e ocorrida "sem nenhum procedimento adequado" pela Federação Internacional de Boxe (IBF).
    "Toda pessoa tem o direito de praticar esporte sem discriminação. Tal abordagem é contrária à boa governança. As regras de elegibilidade não devem ser alteradas durante a competição em andamento, e qualquer alteração nas regras deve seguir processos apropriados e deve ser baseada em evidências científicas. O COI está comprometido em proteger os direitos humanos de todos os atletas que participam dos Jogos Olímpicos", escreveu.
    O COI ainda declarou que está "triste com o abuso que as atletas", entre elas Khelif, "estão sofrendo atualmente". Vale destacar que ministros do governo da premiê de direita Giorgia Meloni, visivelmente incomodados com o combate, criticaram amplamente a boxeadora argelina.
    "O evento que representa os mais altos valores do esporte deveria garantir a segurança dos atletas e o respeito da competição em igualdade de condições", disse na última quarta (31) o ministro italiano do Esporte, Andrea Abodi, que foi acompanhado por Matteo Salvini (Infraestrutura e Transportes) e Eugenia Roccella (Família).
    Entenda a polêmica - O episódio começou porque Khelif descumpriu requisitos para acesso a categorias femininas da IBA, mas foi admitida pelas Olimpíadas mesmo assim.
    A federação de boxe, que está suspensa do COI desde 2019 por escândalos administrativos, nunca deu detalhes sobre os exames da argelina, que agora disputará as quartas de final dos Jogos de Paris em 3 de agosto. A imprensa da Argélia, no entanto, especula que a origem do problema seja um excesso de testosterona na boxeadora. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it