(ANSA) - O presidente br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/09/06/lula-compara-maduro-a-bolsonaro-deixa-a-desejar_9769b76f-639c-4679-bb3a-d98dfa3666d0.html" target="_blank" rel="noopener">Luiz Inácio Lula da Silva demitiu nesta sexta-feira (6) o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, acusado de assédio sexual.
A decisão foi tomada após uma reunião entre os dois no Palácio do Planalto, em Brasília, no início da noite.
"Diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa, o presidente Lula decidiu pela demissão do titular da Pasta de Direitos Humanos e Cidadania", diz um comunicado do governo federal.
"O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo, considerando a natureza das acusações de assédio sexual", acrescenta a nota, lembrando que a Polícia Federal abriu um "protocolo inicial de investigação sobre o caso".
"A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos. O Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada", conclui o comunicado.
Ministro dos Direitos Humanos desde o início do terceiro mandato de Lula, Almeida caiu em desgraça após a ONG Me Too Brasil revelar que recebeu denúncias de assédios sexuais praticados pelo advogado e professor durante o exercício do cargo.
Uma das vítimas, segundo o portal Metrópoles, foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que tem mantido silêncio sobre o caso. Durante a manhã, Almeida, que é casado, repudiou as acusações "com veemência". "São ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias e bloquear o nosso futuro", afirmou.
O agora ex-ministro culpou "setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro". "Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício", salientou Almeida. (ANSA).
Lula demite Silvio Almeida após denúncia de assédio sexual
Presidente disse que a situação se tornou 'insustentável'