(ANSA) - O governo do Distrito Federal informou nesta quarta-feira (13) que o homem morto nas explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, tentou entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma bomba e cometeu "suicídio", mas o corpo não foi periciado porque "ainda está com artefatos".
"Ainda estamos em operação", disse a vice-governadora Celina Leão em coletiva de imprensa - o governador Ibaneis Rocha está em viagem à Itália.
Segundo Leão, o ataque começou às 19h30, com a explosão de um carro em um estacionamento perto da Câmara dos Deputados. Em seguida, o homem tentou entrar no prédio do Supremo com um explosivo, mas não conseguiu. Foi neste momento que ele teria tirado a própria vida.
"A informação preliminar é de que foi um suicídio, porque só temos uma vítima", declarou a vice-governadora, acrescentando que a segurança nos palácios do Planalto e da Alvorada foi reforçada. "Ainda não podemos afirmar que foi um lobo solitário", disse Leão.
Alguns veículos de imprensa identificaram o morto nas explosões como Francisco Wanderley Luiz, um ex-candidato a vereador pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, nas eleições municipais em Rio do Sul, em Santa Catarina.
No entanto, a Polícia Militar do DF declarou que ainda não confirmou a identidade do corpo e que não é possível fazer "ilações". Ninguém mais ficou ferido no incidente. (ANSA).
O major da Polícia Militar do Distrito Federal Raphael Broock disse que um agente com vestes antibombas está realizando um procedimento de raio x para identificar se há explosivos no cinto do homem morto na tentativa de ataque na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta-feira (13).
"É necessário esse procedimento para verificar e decidir qual alternativa tática será utilizada", declarou Broock em coletiva de imprensa, acrescentando que também há outras supostas bombas na praça.
"Tem uma mochila que possivelmente também tem explosivos, tem um explosivo perto de um cone, então vamos utilizar o tempo necessário para neutralizar com segurança todos os explosivos e não causar mais lesões", salientou o major.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou que o homem morto nas explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, dono do carro que também explodiu no estacionamento entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Anexo 4 da Câmara dos Deputados.
O homem, que é natural de Santa Catarina, circulou durante o dia dentro da Câmara dos Deputados e fez ataques nas redes sociais ao STF, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e aos presidentes das duas Casas do Congresso Nacional horas antes das explosões.
O responsável pelo ato chegou a ser candidato a vereador pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2020 em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, mas recebeu apenas 98 votos e não se elegeu. Na ocasião, ele ele se candidatou com o nome "Tiü França".
A Polícia Civil ainda confirmou que Wanderley alugou dias atrás uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal.
Ministro Lewandowski diz que PF está trabalhando 'com rigor' no DFO ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comentou sobre as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que deixou uma pessoa morta.
Em uma nota, Lewandowski garantiu que as "Forças Federais de segurança pública acompanham atentamente os acontecimentos ocorridos" no Distrito Federal. Além disso, as autoridades "estão preparadas para assegurar o pleno funcionamento dos poderes constituídos".
"A Polícia Federal está trabalhando com rigor para elucidar, com celeridade, a motivação das explosões na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, e nos arredores do Congresso Nacional", declarou.
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