(ANSA) - O ministro br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/09/13/moraes-manda-transferir-dinheiro-de-x-e-starlink-para-uniao-_b1f7c856-081b-4d5d-a6bd-179214fbab05.html" target="_blank" rel="noopener">Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ligou as explosões da última quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram sedes das instituições na capital, e rechaçou a hipótese de anistia para pessoas acusadas de atentar contra a democracia.
"O que ocorreu ontem não é um fato isolado do contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições e a autonomia do Judiciário", disse Moraes durante uma cerimônia em Brasília.
O gabinete do ódio era um grupo de assessores que cuidavam das redes sociais de Jair Bolsonaro durante seu mandato como presidente, liderados pelo vereador Carlos Bolsonaro, segundo filho do ex-mandatário.
"Isso foi se avolumando sob o falso manto da criminosa utilização da liberdade de expressão, resultando no 8 de janeiro", declarou o ministro.
Segundo Moraes, uma eventual anistia a envolvidos em atos golpistas geraria apenas "mais agressividade, assim como ontem".
"Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. Pessoas acham que podem vir até Brasília e tentar explodir o STF porque foram instigadas por pessoas, muitas delas com altos cargos", acrescentou.
Bolsonaro tenta articular no Congresso Nacional um projeto de anistia para envolvidos no 8 de janeiro, uma vez que é investigado por suspeita de ter incitado a insurreição. "Precisamos ficar unidos na responsabilização total de todos aqueles que atentaram contra a democracia", salientou o ministro do STF.
(ANSA).
Moraes diz que ataque não foi 'ato isolado' e rechaça anistia
Segundo ministro, agressividade começou com 'gabinete do ódio'