(ANSA) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal (PF) por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O indiciamento do ex-mandatário acontece no meio das investigações da tentativa de golpe contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023.
Além de Bolsonaro, a PF também indiciou os generais Walter Souza Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa que perdeu a eleição de 2022; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o delegado Alexandre Ramagem, ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro.
A PF mencionou que as provas foram obtidas em quase dois anos "com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário".
As investigações das autoridades também indicaram que Bolsonaro redigiu e ajustou a chamada "minuta do golpe", além disso, o ex-presidente teria conhecimentos dos planos para assassinar Lula, Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O relatório do inquérito, que possui mais de 800 páginas, será entregue ao ministro Alexandres de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após isso, a Procuradoria Geral da República (PGR) ficará responsável por denunciar ou não os 37 indiciados. Caso a denúncia seja aceita pela Corte, eles se tornarão réus e vão ser julgados. (ANSA).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (21) após ser indiciado pela tentativa de golpe de Estado em janeiro do ano passado.
"O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", declarou o ex-mandatário ao Metrópoles.
Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 8 de janeiro de 2023.
"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", comentou.
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