(ANSA) - O ex-presidente Jair br/brasil/noticias/lusofonia/2024/11/22/aliados-de-bolsonaro-criticam-indiciamento-do-ex-presidente_740a5fd8-e09f-463c-97f4-4cfbf653db00.html" target="_blank" rel="noopener">Bolsonaro (PL) negou ter articulado uma tentativa de golpe de Estado e afirmou ter atuado dentro dos limites da Constituição em 2022. No entanto, reconheceu a possibilidade de ser preso a qualquer momento.
As declarações foram dadas no início da noite de segunda-feira (25), no Aeroporto de Brasília, no primeiro contato direto do político de extrema direita com a imprensa após ser indiciado pela Polícia Federal (PF).
"Nunca debati golpe com ninguém. Se alguém viesse falar de golpe comigo, eu perguntaria: 'E o day after? Como a gente fica perante o mundo?'. A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário. Jamais faria algo fora das quatro linhas da Constituição. Dá para resolver tudo nas quatro linhas", afirmou Bolsonaro, que também criticou as acusações de conspiração.
"Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando", assegurou. Sobre o risco de prisão, o ex-presidente declarou que poderia ser detido "agora, ao sair" do aeroporto.
Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo 25 militares, foram indiciados pela PF sob suspeita de tentativa de golpe e abolição violenta do Estado de Direito. O relatório foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, que deve decidir ainda hoje se o enviará à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a PF, militares ligados ao ex-presidente teriam planejado, em 2022, o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin, e de Moraes. Questionado sobre o assunto, Bolsonaro respondeu que "nenhum plano foi iniciado". (ANSA).
'Golpe nunca esteve no meu dicionário', diz Bolsonaro
Ex-presidente, no entanto, admitiu risco de ser preso