(ANSA) - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26) o envio à Procuradoria-Geral da República (PGR) do inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
No relatório da Polícia Federal (PF), que foi entregue ao STF na quinta passada (21), foram indiciados o ex-presidentecom.br/brasil/noticias/lusofonia/2024/11/26/golpe-nunca-esteve-no-meu-dicionario-diz-bolsonaro_6e5307bc-f3fa-4530-8f3f-90ca9d06d04d.html"> Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas investigadas pelos supostos crimes de abolição violenta do Estado de Direito, Golpe de Estado e associação criminosa.
Na mesma decisão, Moraes retirou o sigilo do relatório de quase 900 páginas elaborado pela PF durante quase dois anos.
No entanto, o magistrado manteve sob sigilo o conteúdo da delação do tenene-coronel Mauro Cid, o ex-auxiliar de ordens do Bolsonaro, justificando que há "existência de diligências em curso e outras em fase de deliberação" envolvendo o relato.
Agora, a PGR terá o prazo inicial de 15 dias para se manifestar, apesar de que Paulo Gonet poderá pedir mais tempo ou solicitar mais diligências caso acredite ser necessário. A expectativa é de que a denúncia seja apresentada somente em 2025, tendo em vista que o Judiciário entrará em recesso a partir de 20 de dezembro e devido à quantidade de informações sobre o caso.
Segundo a PF, militares ligados a Bolsonaro teriam planejado, em 2022, o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin, e de Moraes.
Questionado sobre o assunto, Bolsonaro negou ter articulado a tentativa de golpe. (ANSA).
Moraes envia à PGR relatório sobre tentativa de golpe
Documento da PF pede indiciamento de Bolsonaro e outros 36