(ANSA) - A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (14) o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O militar de quatro estrelas é acusado pela PF de ser o arquiteto de um suposto com.br/brasil/noticias/lusofonia/2024/11/26/golpe-nunca-esteve-no-meu-dicionario-diz-bolsonaro_6e5307bc-f3fa-4530-8f3f-90ca9d06d04d.html" target="_blank" rel="noopener">plano de golpe de Estado tramado por bolsonaristas após a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o inquérito, que culminou no indiciamento de Braga Netto, Bolsonaro e outras 35 pessoas, uma das reuniões para tratar da suposta trama golpista ocorreu na casa do general em novembro de 2022.
O ex-ministro foi preso em sua residência em Copacabana, no Rio de Janeiro, que também foi alvo de operação de busca e apreensão, e ficará sob custódia do Exército em Brasília.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PF, que apontou o risco de Braga Netto voltar a praticar ações ilícitas.
De acordo com a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o general teria até entregado dinheiro vivo em embalagens de vinho para financiar a execução do plano por militares golpistas das forças especiais do Exército, os chamados "kids pretos".
Essa trama, segundo a PF, envolveria inclusive a hipótese de matar o então presidente eleito Lula e o vice Geraldo Alckmin.
Em nota, a defesa de Braga Netto disse que "se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida". "Entretanto, com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações", afirma o comunicado.
PF prende Braga Netto, acusado de arquitetar plano de golpe
General é um dos aliados mais próximos de Bolsonaro