(ANSA) - Centenas de pessoas fizeram longas filas no último fim de semana na Itália para doar sangue após o rapper Fedez lançar um apelo para estimular doações, informou a Associação de Voluntários Italianos do Sangue (Avis) nesta segunda-feira (9).
O artista passou oito dias internado por causa de duas úlceras intestinais e precisou de três transfusões de sangue para se recuperar. Depois de ter sua vida salva pelos médicos, resolveu estimular uma campanha para aumentar os bancos de sangue.
"Mais de 100 pessoas se apresentaram na sede da Avis de Milão no domingo , cerca de 10 vezes [o número] de um domingo normal", disse o líder da Avis Lombardia, Oscar Bianchi.
De acordo com o representante da associação, o efeito do apelo feito por Fedez ao deixar o hospital Fatebenefratelli de Milão na semana passada e relançado em suas redes sociais também "foi demonstrado pela idade média das pessoas que vieram doar, entre 18 e 35 anos".
Bianchi, no entanto, explicou que não tem número precisos, mas pode dizer "que houve aumentos nos números em toda a Lombardia e também em outras partes da Itália".
Em uma mensagem no Instagram, o artista agradeceu a todos os doadores de sangue pelas transfusões recebidas e celebrou que "o interesse por este tema parece já ter aumentado significativamente". "Estou muito feliz, houve uma reação em cadeia que eu não esperava. Obrigado a todos", enfatizou.
O presidente da Avis, Gianpietro Briola, revelou que, desde o início da campanha, a associação já recebeu centenas de mensagens e telefonemas de doadores em toda a Itália.
"Somos nós que queremos expressar abertamente o nosso agradecimento a Fedez, por ter querido abraçar um tema tão importante como o da doação de sangue", agradeceu o executivo.
Briola revelou ainda que os dados do perfil da Avis no Instagram registrou um aumento de mais de 130% nas visitas em relação à semana anterior e, só no sábado, teve mais de 40.300 visualizações e mais de 3 mil novos seguidores.
Segundo o executivo, a maior parte das pessoas são jovens, o que representa um sinal muito importante para todo o sistema italiano, principalmente porque os doadores com idades entre 18 e 45 anos diminuíram 2% somente no ano passado. (ANSA).