(ANSA) - O governo italiano propôs novas medidas para o uso de patinetes elétricos, incluindo a obtenção de carteira de motorista e a utilização obrigatória de capacetes, na tentativa de promover a "cultura de segurança" e prevenir "massacres nas estradas".
A proposta foi revelada pelo vice-ministro de Infraestrutura e Mobilidade Sustentável, Galeazzo Bignami, durante o Fórum Automotivo em Milão, realizado na semana passada.
Falando de futuras alterações ao Código da Estrada, Bignami explicou que "o Estado não pode ficar impotente" em relação ao que está acontecendo, sendo necessário agir desde o acesso à mobilidade para limitar, senão anular, as mortes por falta da cultura de segurança.
"Na Itália, bastam seis horas de condução para obter a carta de motorista. Teremos de mudar para pelo menos 12, tendo em conta que a média europeia é de 20. Também é essencial incluir testes sobre o perigo percebido", afirmou ele.
De acordo com o vice-ministro, "muitos jovens não têm a real ideia do que pode acontecer por não respeitar um sinal vermelho ou por infringir regras elementares e fundamentais de trânsito. Outros não são capazes de conduzir carros com câmbios manuais e automáticos, sempre mais difundidos".
"É fundamental entender os motivos que geram os acidentes. Muitos jovens, por exemplo, usam o smartphone enquanto dirigem, diminuindo a atenção e ficando mais expostos a acidentes", ressaltou Bignami.
Entre as propostas de novas regras, o governo italiano também prevê a introdução de "caixa preta" nos patinetes, porque "não existe um centro nacional de processamento de dados", e isso "terá que ser estabelecido".
Além disso, Bignami reforça que é necessário a disponibilização de capacetes e equipamentos de proteção individual para quem utilizar os veículos. "Vivi em casa a perda de um ente querido ainda jovem devido a um acidente e a minha família saiu desfeita. É uma dor que não sara. Quero evitar que esta experiência dramática afete também os outros", concluiu. (ANSA).