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Trump é ferido em comício e sai com rosto ensanguentado

Autor dos disparos foi morto pela polícia

Redazione Ansa

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi ferido durante um comício eleitoral em Butler, na Pensilvânia, neste sábado (13), às vésperas da Convenção do Partido Republicano que oficializará a candidatura do magnata à Casa Branca, entre 15 e 18 de julho.
    Trump discursava para apoiadores quando o evento foi interrompido por cerca de 10 disparos. Logo após o primeiro tiro, o ex-presidente põe a mão na orelha direita, se abaixa e é cercado por seguranças. Pouco depois, ele se ergue e aparece com uma mancha de sangue no rosto.
    Enquanto era retirado do comício, o ex-presidente levantou o braço direito com o punho fechado, sob os gritos de "USA" por parte de seus apoiadores. A campanha do republicano informou que ele foi levado a um hospital da região, mas que está "bem e seguro".

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Ex-presidente foi retirado por seguranças de punho erguido


    Segundo a Procuradoria do Condado de Butler, o autor dos tiros foi morto pela polícia, mas o ataque deixou pelo menos uma vítima, cuja identidade ainda não foi divulgada, e uma pessoa gravemente ferida. O atirador, de acordo com o procurador Richard Goldinger, estava na cobertura de um edifício adjacente ao local do evento. "Ele precisou de um fuzil porque estava a diversas centenas de metros de distância", declarou.
    Os serviços secretos começaram a afastar a imprensa do local, e ainda não há informações sobre a dinâmica exata do episódio, que deve aumentar o clima de tensão em uma disputa eleitoral já acirrada e com o país polarizado.
    "A premissa da campanha de Biden é que Trump é um fascista autoritário que precisa ser parado a todo custo. Essa retórica levou diretamente à tentativa de assassinato contra o presidente Trump", afirmou o senador republicano J.D. Vance, contado como possível vice na chapa do partido.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com seu antecessor e adversário nas eleições de 2024, Donald Trump, sobre o ataque sofrido em um comício neste sábado.
    Segundo a Casa Branca, o democrata também falou com o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e com o prefeito de Butler, palco do atentado, Bob Dandoy. O teor dos telefonemas não foi divulgado.
    Ainda de acordo com o governo americano, Biden, que estava no estado de Delaware, retornou para Washington nesta noite e, na manhã deste domingo (14), receberá uma atualização sobre a caso das forças de segurança,

'Inacreditável que algo assim ocorra nos EUA', diz Trump

O ex-presidente Donald Trump usou sua rede social, a Truth (Verdade, em português), para se pronunciar sobre o ataque e disse que o projétil "perfurou a parte superior da orelha direita".
    "É inacreditável que um ato do tipo ocorra nos Estados Unidos", escreveu o magnata. "Não se sabe nada neste momento sobre o homem que disparou, que está morto", acrescentou.
    Trump ainda agradeceu aos Serviços Secretos e às forças de segurança por sua "rápida resposta" ao ataque e enviou condolências às famílias da pessoa morta pelos disparos e da que ficou "gravemente ferida".
   

Biden condena ataque, mas se nega a falar em 'tentativa de assassinato'

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou o ataque contra seu adversário Donald Trump em um comício na Pensilvânia e disse que "não há lugar para esse tipo de violência" nos Estados Unidos.
    "Precisamos nos unir enquanto nação para condenar isso", afirmou o democrata em um comunicado divulgado pela Casa Branca.
    "Estou grato por ouvir que ele está seguro e bem. Estou rezando por ele, por sua família e por todos aqueles que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações. Jill e eu somos gratos aos Serviços Secretos por colocá-lo em segurança", declarou Biden.
    Mais tarde, em pronunciamento na TV, o presidente destacou que ainda não tem informações para saber se seu rival na corrida pela Casa Branca foi alvo de uma "tentativa de assassinato".
    "Ainda não sei o bastante. Tenho uma opinião, mas não tenho nenhum fato, então quero ter certeza de que temos todos os fatos antes de fazer mais comentários", ressaltou o democrata ao ser questionado por um jornalista.

'Não há espaço para violência na democracia', afirma Obama

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama afirmou que "não há espaço para a violência na democracia" americana.
    "Ainda que não saibamos ainda o que aconteceu exatamente, temos de estar todos aliviados pelo fato de Trump não ter ficado gravemente ferido e aproveitar este momento para nos empenhar novamente com a civilidade e o respeito na nossa política", escreveu Obama no X.
    "Michelle e eu desejamos a ele uma pronta recuperação", acrescentou.

Filho de Trump diz que pai está de ‘ótimo humor’ após ataque

O filho do ex-presidente Donald Trump disse que seu pai está de “ótimo humor” após ter sido ferido em um ataque a tiros em um comício eleitoral na Pensilvânia.
    Segundo o jornal “The Guardian”, Donald Trump Jr. falou com o republicano por telefone na noite deste sábado (13).
    “Ele nunca deixará de lutar para salvar a América, não importa o que a esquerda radical jogue contra ele”, enfatizou.

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