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Netanyahu diz que guerra em Gaza é 'entre barbárie e civilização'

Premiê de Israel foi recebido no Congresso dos EUA

Redazione Ansa

Em um discurso de quase uma hora no Congresso dos Estados Unidos, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou a aliança com Washington e mencionou que o conflito na Faixa de Gaza "é um choque entre barbárie e civilização".
    O premiê, que foi recebido no Capitólio ao mesmo tempo que milhares de pessoas protestavam do lado de fora contra sua visita, agradeceu a amizade do presidente do EUA, Joe Biden, e assegurou que irá vencer a guerra no enclave palestino.
    "O que está acontecendo não é um choque de civilizações, mas entre a barbárie e a civilização, entre aqueles que glorificam a morte e aqueles que glorificam a vida. Para que as forças da civilização triunfem, os EUA e Israel devem permanecer juntos.
    Vim aqui também para assegurar uma coisa a vocês, nós venceremos", destacou.
    Ainda em relação ao conflito em Gaza, Netanyahu afirmou que pretende ver um enclave "desmilitarizado" e "sem radicalismo" após os embates, que já duram mais de nove meses. O político também garantiu que está "totalmente empenhado" em garantir a libertação dos reféns.
    "O Hamas faz tudo o que é necessário para colocar os palestinos no caminho de Israel. Para nós, cada civil morto é uma tragédia", disse Netanyahu, acrescentando que se não há comida suficiente em Gaza é porque o Hamas está roubando.
    O israelense também comentou que sua nação, os Estados Unidos e o mundo árabe estão ameaçados pelo Irã, além de defender que a luta em Gaza também é um embate contra o país persa, definido por Netanyahu como o "inimigo mais feroz" de Washington.
    "Quando Israel age para impedir o Irã de desenvolver armas nucleares, é para proteger a nós mesmos e aos Estados Unidos.
    Nossos inimigos são seus inimigos, nossa luta é sua luta e nossa vitória será sua vitória. Quem atacar Israel pagará um preço muito elevado, já que desenvolvemos armas muito sofisticadas para defender os nossos dois países", afirmou.
    Ao mesmo tempo que destacou a união com Washington, Netanyahu aproveitou o momento para instar os EUA a liberarem uma nova ajuda militar, pois isso poderia "acelerar rapidamente o fim da guerra" no Oriente Médio.
    Após os agradecimentos a Biden por seu "apoio sincero", o premiê também mencionou o ex-presidente Donald Trump para agradecê-lo pelo reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado judeu com a transferência da embaixada dos EUA e pela luta total contra Teerã.
    Por fim, em meio a uma chuva de aplausos, Netanyahu recordou algumas das vítimas dos ataques do Hamas e chamou os manifestantes do lado de fora do Congresso de "idiotas úteis do Irã".
    A guerra contra o Hamas colocou em cima de Netanyahu uma forte pressão internacional. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo fundamentalista islâmico, diz que mais de 39 mil palestinos morreram durante os ataques israelenses.
    (ANSA).
   

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