Por Lorenzo Trombetta - Diante das novas ameaças de uma guerra em grande escala entre Israel e o br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/07/29/italia-recomenda-que-cidadaos-deixem-o-libano_a0e50852-8095-463d-b16a-aaf5374d1ce3.html" target="_blank" rel="noopener">grupo libanês Hezbollah, aliado do Irã e do Hamas, a situação na região é percebida como "preocupante" pela missão missão da ONU no Líbano, a Unifil, que inclui cerca de mil militares italianos.
O cenário se agravou no último domingo (28), com um ataque atribuído por Israel ao Hezbollah e que matou 12 crianças e adolescentes nas Colinas de Golã, território anexado pelo país judeu, mas disputado com a Síria.
"A situação é preocupante, mas ainda há espaço para uma solução", disse à ANSA o porta-voz da Unifil, Andrea Tenenti. Nos círculos diplomáticos e políticos de Beirute, fala-se em uma solução de curto prazo, para conter a escalada de violência entre o Hezbollah e Israel, e outra de longo prazo, negociada por potências estrangeiras.
Enquanto isso, as atividades de patrulha da missão da ONU continuam normalmente, segundo o porta-voz. "A missão está empenhada em encontrar soluções, mantendo intensa comunicação com as partes e com os principais países que trabalham para o fim das hostilidades aqui no sul do Líbano", afirmou Tenenti.
Os contatos passam pelo mediador Amos Hochstein, artífice do histórico acordo assinado em outubro de 2022 entre Líbano e Israel para a partilha dos recursos energéticos no litoral dos dois países.
O comando da Unifil trabalhou secretamente durante anos para o sucesso das negociações, organizando desde 2007 reuniões trilaterais com oficiais israelenses e libaneses. Fortalecido por esse capital de confiança, segundo relata Tenenti, o comandante da Unifil, general espanhol Aroldo Lázaro, está em contato contínuo com os exércitos dos dois países.
E as atenções estão voltadas para o Hezbollah em vista da aguardada renovação anual do mandato da missão, daqui a um mês.
Como geralmente acontece, as semanas anteriores são marcadas por um aumento da disputa retórica, com alguns países ocidentais pedindo que a Unifil desarme o grupo xiita à força, e grupos libaneses acusando a força de paz de estar a serviço de Israel.
"A resolução n.1701 da ONU", declarou Tenenti, em referência à resolução que deu origem à Unifil, "é descrita por todos como a única que pode trazer estabilidade ao sul do Líbano". "Somente através da 1701 poderemos tentar avançar no processo de paz", concluiu. (ANSA)
'Situação é preocupante', diz missão da ONU no Líbano
Porta-voz disse que Unifil trabalha em prol de solução