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Ex-primeira-dama acusa Fernández de 'terrorismo psicológico'

Yañez disse que ex-presidente da Argentina ameaça suicidar-se

Alberto Fernández justiça hematomas em Fabiola Yañez como resultado de um 'tratamento para rugas'

Redazione Ansa

A ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yañez, afirmou, neste domingo (11), que sofria "terror psicológico" por parte de seu marido, o ex-presidente do país Alberto Fernández, acusado de cometer violência física e mental durante o casamento.
    Em entrevista ao portal de notícias argentino "Infobae", ela revelou que o ex-chefe de Estado ameaçava "suicidar-se", caso a mulher revelasse a violência doméstica. "Ele me intimidava o tempo todo", declarou a vítima.
    Yañez, que se mantinha em silêncio desde o último dia 9 de agosto, quando a mídia publicou suas fotos com hematomas no rosto e no braço, também destacou que os vídeos que mostram a infidelidade conjugal do ex-líder argentino "são apenas uma pequena parte perto de tudo o que ele me fez".
    A ex de Fernández também confessou não se sentir segura em Madri, na Espanha, onde mora atualmente com o filho do casal, Francisco, de dois anos. "Tenho medo de voltar para casa. Hoje colocaram bloqueadores no meu carro para que eu não pudesse dirigir", revelou.
    Quanto às fotos publicadas na semana passada pela mídia, Yañez disse estar "envergonhada por seu filho". "Nunca quis que fossem publicadas imagens minhas deste jeito. Que mulher gostaria de se ver assim em todos os jornais?", questionou.
    Os ataques contra a jornalista teriam acontecido durante o mandato presidencial de Fernández, entre 2019 a 2023, quando o casal habitava a Quinta de Olivos.
    Após a apresentação oficial da denúncia de violência de gênero, a justiça argentina busca testemunhas para o caso.
    Segundo o juiz Fabian Ercolini e o policial militar Carlos Rivolo, que acompanham as investigações, "é impossível que nenhum funcionário da residência presidencial de Olivos, onde aconteceram as supostas violências, não tenham presenciado nada".
    Os investigadores também buscam confirmar a veracidade das afirmações de Yañez sobre sua tentativa de denúncia aos responsáveis pelo Ministério da Mulher, criado por Fernández.
    "Fui ao Ministério para pedir socorro, mas ninguém me ajudou", disse a ex-primeira-dama.
    O ex-líder da Argentina nega todas as acusações de violência doméstica. Em entrevista ao site "El Cohete a La Luna", Fernández afirmou que os hematomas no rosto e no braço da ex-esposa foram causados por um "tratamento estético para rugas".
    Além disso, ele questionou o fato de a mulher ter se submetido a um tratamento de fertilidade quando eram casados. "Se eu sou um agressor, por que ela fez um tratamento de fertilidade para ter um filho?", contestou o ex-presidente, que afirmou nas redes sociais que "irá apresentar provas e testemunhas do que realmente aconteceu". (ANSA).
   

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