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Protestos na Venezuela já deixaram 25 mortos e 192 feridos

Novo boletim foi divulgado por procurador-geral após eleições

Multidão faz protesto na Venezuela

Redazione Ansa

Ao menos 25 pessoas morreram e 192 ficaram feridas desde o início dos protestos na Venezuela contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, em 28 de julho, informou o procurador-geral Tarek William Saab, durante um conselho de Estado, na última segunda-feira (12).
    Segundo Saab, os mortos pertencem principalmente "a grupos criminosos instrumentalizados". Ao todo, sete vítimas foram registradas em Caracas, enquanto as restantes são dos estados de Aragua, Bolívar, Yaracuy, Táchira, Nueva Esparta, Miranda, Zulia e Lara.
    "Esse período foi tão criminoso e terrorista que durante estas manifestações criminosas, entre outros acontecimentos lamentáveis, 25 pessoas morreram, incluindo dois funcionários da Guarda Nacional Bolivariana", declarou.
    O procurador-geral disse ainda que 192 pessoas ficaram feridas com "armas de fogo, facas, diversos objetos contundentes e bombas incendiárias".
    De acordo com Saab, este grupo de violência foi desencadeado em apenas dois dias, particularmente entre 29 e 30 de julho, "quando ocorreram 84% das mortes que o Ministério Público registrou e está investigando".
    Além dos mortos, dados oficiais informam que mais de 2,4 mil pessoas foram detidas desde 29 de julho. Hoje (13), inclusive, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou profunda preocupação com o elevado número de prisões arbitrárias na Venezuela, bem como com o relatado uso desproporcional da força e o resultante "clima de medo" que reina no país após as eleições presidenciais.
    Em comunicado divulgado em Genebra, a ONU especifica que "na maioria dos casos documentados pelo Gabinete dos Direitos Humanos das Nações Unidas os detidos não foram autorizados a nomear advogados da sua escolha ou a ter contato com as suas famílias".
    "Apelo à libertação imediata de todos os detidos arbitrariamente e à garantia de um julgamento justo para todos os detidos", pediu Turk, afirmando que "o uso desproporcional da força pelas autoridades e os ataques a manifestantes por indivíduos armados que apoiam o governo, alguns dos quais causaram vítimas, não devem ser repetidos".
    Por fim, o representante da ONU destacou que "todas as mortes no contexto dos protestos devem ser investigadas e os responsáveis devem ser responsabilizados, de acordo com as normas do devido processo". (ANSA).
   

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