(ANSA) - Um tribunal da Rússia condenou
nesta quinta-feira (15) a bailarina russo-americana Ksenia
Karelina, de 33 anos, a 12 anos de prisão depois de considerá-la
culpada de traição por ter doado US$ 51 para ajudar uma
instituição de caridade que apoiava a Ucrânia.
A jovem, moradora de Los Angeles e funcionária de um spa,
declarou-se culpada no julgamento fechado realizado na cidade de
Yekaterinburg, após ela ter sido detida ao visitar o país para
ver sua família no início do ano.
Segundo a decisão, o inquérito apurou que Karelina transferiu
"fundos no interesse de uma organização ucraniana, que foram
posteriormente utilizados para a compra de artigos táticos
médicos, equipamentos, meios de derrota e munições pelas Forças
Armadas da Ucrânia".
A doação de US$ 51,80 teria sido repassada em 24 de fevereiro de
2022, primeiro dia da invasão russa à Ucrânia, para a Razom for
Ukraine, instituição de caridade com sede em Nova York
responsável por fornecer ajuda humanitária para crianças e
idosos no país em guerra com a Rússia.
No último dia 8 de agosto, o Ministério Público chegou a pedir
15 anos de prisão para a mulher. No entanto, a pena foi
reduzida. "O tribunal considerou Ksenia Karelina culpada de alta
traição e a sentenciou a 12 anos de prisão em uma
penitenciária", diz o veredicto final. (ANSA).
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Americana é condenada a 12 anos de prisão na Rússia por traição
Bailarina fez doação de US$ 51 para instituição ucraniana