(ANSA) - O grupo fundamentalista islâmico Hamas quer vingar o assassinato de seu líder político Ismail Haniyeh atacando cidadãos israelenses no exterior, revelaram fontes palestinas à emissora Channel 12 nesta sexta-feira (23).
A decisão foi tomada dois dias depois do assassinato de Haniyeh em Teerã, atribuído a Israel, apesar de as forças do premiê Benjamin Netanyahu nunca terem assumido a responsabilidade pelo crime.
A identidade dos israelenses que poderiam se tornar alvos, turistas ou altos funcionários, não foram especificadas.
Segundo as autoridades, a medida representa um "ponto de virada dramático", uma vez que até agora esta foi uma estratégia utilizada pelo Hezbollah e pelo Irã.
Paralelamente, as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão em alerta máximo aguardando a resposta do líder do Hamas, Yahya Sinwar, à proposta atualizada de Israel nas negociações para o acordo de libertação de reféns e cessar-fogo na Faixa de Gaza.
As FDI acreditam que, se as negociações não forem bem-sucedidas, o Hezbollah poderá implementar imediatamente uma retaliação contra Israel pelo assassinato do líder militar Fuad Shukr.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, conversou com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, sobre a crise no Oriente Médio.
De acordo com o gabinete de Gallant, "a discussão centrou-se principalmente na preparação conjunta e na manutenção da prontidão das forças e capacidades israelenses e norte-americanas em relação às ameaças contínuas do Irã e do Hezbollah contra Israel".
Além disso, o ministro informou Austin sobre os acontecimentos em Gaza, "descrevendo em detalhes os resultados alcançados pelas FDI, como a derrota da brigada Rafah, do Hamas, e a destruição de mais de 150 túneis na área".
Austin e Gallant também falaram sobre os esforços para chegar a um acordo para libertar os reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas em Gaza. (ANSA).
A Casa Branca informou nesta sexta-feira (23) que os primeiros sinais das conversas em Cairo, no Egito, sobre o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza foram “construtivos”.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, ainda declarou que “foram feitos progressos” nas tratativas, mas diz ser “necessário que ambos os lados se unam e trabalhem para a implementação” de um acordo.
O governo americano também confirmou que o chefe da CIA, William Burns, está na capital egípcia participando da rodada de negociações.
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