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Macron nomeia Michel Barnier como premiê da França

Líder de esquerda disse que eleições foram 'roubadas'

Michel Barnier negociou o Brexit pela UE

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da br/brasil/noticias/uniao_europeia/2024/06/24/extremos-politicos-conduzem-franca-a-guerra-civil-diz-macron_52fdee57-979e-41b8-a3d0-b30823a43ad2.html" rel="noopener">França, Emmanuel Macron, nomeou nesta quinta-feira (5) o ex-ministro das Relações Exteriores Michel Barnier, de centro-direita, como novo premiê do país.
    A decisão marca o fim de um impasse político que durava desde o segundo turno das eleições legislativas antecipadas, em 7 de julho, vencidas pela esquerda, mas que formaram um Parlamento sem maioria clara.
    "O presidente da República nomeou Michel Barnier como primeiro-ministro e o encarregou de constituir um governo de união a serviço do país e dos franceses", diz um comunicado do Palácio do Eliseu.
    "Essa nomeação chega após um ciclo inédito de consultas, ao longo das quais, em conformidade com seu dever constitucional, o presidente assegurou que o governo cumprirá as condições para ser o mais estável possível", acrescenta a nota.
    Barnier, 73 anos, já foi ministro do Meio Ambiente (1993-1995), das Relações Europeias (1995-1997), das Relações Exteriores (2004-2005) e da Agricultura (2007-2009), bem como comissário de Políticas Regionais (1999-2004) e Mercado Interno (2010-2014) da União Europeia. Além disso, liderou a delegação da UE nas negociações do Brexit.
    Ele será o premiê mais velho da história da Quinta República, iniciada em 1958, e substituirá o mais jovem, Gabriel Attal, de 35 anos.
    O partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, definiu o novo premiê como um "fóssil da vida política", mas garantiu que não apresentará uma "moção de censura imediata" no Parlamento.
    Já o líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, disse que as eleições foram "roubadas". "Barnier não vem da Nova Frente Popular, que venceu as eleições, mas de um partido que obteve menos votos. Está em curso uma negação da democracia", salientou.
    A NFP obteve 180 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional no pleito legislativo de julho, contra 39 d'Os Republicanos, legenda de Barnier. (ANSA).
   

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