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Brics destaca problemas mundiais, mas 'esquece' Ucrânia

Declaração cita invasão russa no país vizinho de modo genérico

Brics condenou ataques de Israel a equipes da ONU em missão no Líbano

Redazione Ansa

A declaração final da Cúpula do Brics em Kazan, na Rússia, condena os ataques de Israel contra a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) e defende o aumento do papel dos países do Sul Global no cenário internacional, porém traz apenas uma menção tímida ao conflito travado por Moscou na Ucrânia.
    "Condenamos veementemente os ataques aos membros da ONU e as ameaças à sua segurança. Assim, apelamos a Israel para que cesse imediatamente tais ações", diz o documento da reunião, a primeira com os novos integrantes do grupo: Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã.
    Os membros do bloco, que ainda inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, também pedem que a "integridade territorial" do Líbano seja "preservada", além de reforçar a cobrança por um cessar-fogo no Oriente Médio.
    Outro ponto abordado é a "participação mais ativa e significativa das economias emergentes, especialmente da África, da América Latina e do Caribe, nos processos e estruturas globais de tomadas de decisão".
    Quanto às ações contra as mudanças climáticas, o Brics compromete-se a reforçar a cooperação para reduzir as emissões de gases do efeito de estufa, ao mesmo tempo em que condena "medidas unilaterais" impostas por países ricos.
   

Guerra na Ucrânia 

A declaração de 2024 da cúpula do Brics, liderada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda menciona de forma discreta a guerra na Ucrânia, que aparece apenas na página 43 do documento.
    O texto cita, de forma genérica, as "relativas propostas de mediação e de boa vontade voltadas a garantir uma solução pacífica do conflito". (ANSA).
   

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