(ANSA) - O Ministério da Segurança da Argentina anunciou nesta sexta-feira (25) que Hussein Ahmad Karaki, também conhecido como Saad Ezzeddine, é o chefe operacional do grupo xiita br/brasil/noticias/mundo/2024/10/25/ataque-do-hezbollah-em-cidade-arabe-em-israel-mata-ao-menos-2_9c732751-0eb9-44d7-a2df-f5bd0ca0252a.html" target="_blank" rel="noopener">Hezbollah na América Latina.
De acordo com a pasta, o homem é acusado de ter recrutado e planejado ataques em Buenos Aires, incluindo um contra a embaixada israelense no país (1992) e outro na sede da Associação Mutual Israelita-Argentina (Amia), em 1994, que deixou 85 mortos.
Além de revelar a identidade de Karaki, o governo argentino entregou à Justiça imagens do terrorista tiradas em 2004, quando a Venezuela lhe concedeu residência.
Ainda segundo o relatório divulgado pelo Ministério, Karaki estava em Buenos Aires em 1992 quando comprou o carro-bomba usado no atentado à embaixada de Israel. Na oportunidade, ele utilizava um passaporte colombiano em nome de Alberto León Nain.
"Ele partiu de avião no mesmo dia, horas antes da explosão", revelou a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich.
A chefe da pasta acrescentou que Karaki "agia sob as ordens de Hassan Nasrallah", antigo líder do Hezbollah morto em um bombardeio em Beirute, no Líbano. A política ainda acusou o governo de Caracas de fornecer documentos ao terrorista para que pudesse desembarcar no continente.
Por fim, Buenos Aires insistiu que as informações divulgadas sobre Karaki é comparável ao assassinato de Nasrallah.
Em abril, a Câmara de Cassação, o mais alto tribunal criminal da Argentina, decidiu que os ataques supostamente orquestrados por Karaki "respondiam a um plano político e estratégico" do Irã e que ambos foram realizados pelo Hezbollah. (ANSA).
Argentina revela líder do Hezbollah na América Latina
Hussein Ahmad Karaki orquestrou atentados em Buenos Aires