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Governador de Valência é denunciado na Justiça por homicídio

Mazón é acusado de omissão de socorro em enchentes na Espanha

Carlos Mazón é acusado de resposta lenta frente às enchentes em Valência

Redazione Ansa

O Tribunal Superior de Justiça de br/brasil/noticias/mundo/2024/11/02/sanchez-envia-10-mil-militares-e-policiais-para-valencia_d75d1d32-2393-48a0-a2d6-d1b25d26fc64.html" target="_blank" rel="noopener">Valência, na Espanha, recebeu a primeira denúncia contra o governador da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, por suposta "omissão de socorro" e vários outros crimes na resposta à crise provocada pelas cheias na região.
    A ação foi apresentada pelo partido antiglobalização e eurocético Iustitia Europa e enumera uma série de "erros e omissões flagrantes" que Mazón supostamente teria cometido, que vão desde abuso de poder à falta de assistência, passando até por homicídio culposo múltiplo.
    De acordo com a acusação, o governador ignorou tanto a gravidade da Depressão Isolada em Níveis Altos (Dana) que causou as inundações em diversas cidades da província de Valência como as possibilidades de lidar com a crise através do Plano Especial de Emergência, um protocolo específico para catástrofes de grandes dimensões.
    Ainda segundo o Iustitia Europa, o governador também errou ao não solicitar a Unidade de Emergência do Exército (UME) antes que as inundações já tivessem se espalhado pela província de Valência, versão que é sustentada pela ministra da Defesa, Margarita Robles.
    O partido apresentou queixa semelhante contra o premiê espanhol, Pedro Sánchez, e o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, por omissão de ações relativas às suas responsabilidades na resposta à crise.
    Mazón, no entanto, nega atrasos no envio do alerta à população e na solicitação da intervenção da UME.
    Em entrevista à rádio Cadena Cope, ele afirmou que são os comandos operacionais militares que determinam se é necessária a chegada de reforços ou de "mais equipes", e não uma "ordem política".
    O governador ainda acusou a Confederação Hidrográfica de Júcar, ligada ao Ministério da Transição Ecológica, de ter "desativado três vezes o alerta hidrológico" na terça passada.
    Fontes do governo desmentiram as afirmações de Mazón, reforçando que as confederações hidrográficas não lançam alertas públicos e que os órgãos competentes para divulgar tais avisos "são os serviços de emergência das regiões".
    A tragédia em Valência deixou ao menos 217 mortos, e dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas. (ANSA).
   

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