Esporte

Torcedores de clube israelense são agredidos em Amsterdã

Episódio terminou com pelo menos 10 feridos e dezenas de detidos

Redazione Ansa

(ANSA) - Pelo menos 10 torcedores israelenses ficaram feridos em Amsterdã, maior cidade da Holanda, durante agressões sofridas após a goleada de 5 a 0 do Ajax sobre o Maccabi Tel Aviv pela Liga Europa, na noite da última quinta-feira (7).
    Vídeos divulgados nas redes sociais mostram pessoas de rosto coberto e com bandeiras da Palestina atacando a torcida visitante, no ápice de um dia marcado por tensões.
    Antes da partida, imagens exibiram fãs do Maccabi Tel Aviv rasgando bandeiras palestinas pelas ruas de Amsterdã. Já no início do jogo, torcedores do clube israelense ignoraram o minuto de silêncio em homenagem às vítimas das inundações na Espanha.
    O caso terminou com dezenas de indivíduos detidos pela polícia holandesa e fez o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, enviar dois aviões para socorrer os cidadãos do país judeu.

Foto
Torcida do Maccabi Tel Aviv no Estádio Johan Cruyff

 
    "O premiê considera de máxima gravidade o ataque antissemita premeditado contra cidadãos israelenses e pediu mais segurança para a comunidade judaica nos Países Baixos", diz um comunicado divulgado por seu gabinete.
    Já o presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou que os episódios da última noite remetem aos atentados terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixaram 1,2 mil mortos, enquanto o novo ministro das Relações Exteriores de Tel Aviv, Gideon Saar, anunciou uma "visita diplomática urgente" a Amsterdã.
    O premiê da Holanda, Dick Schoof, condenou as agressões "antissemitas" como "absolutamente inaceitáveis" e prometeu que os culpados serão "identificados e processados".
    A presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, também se pronunciou e disse ter ficado "indignada" com os ataques aos torcedores do Maccabi Tel Aviv. "O antissemitismo não tem lugar na Europa e estamos determinados a combater todas as formas de ódio", acrescentou. (ANSA).
   

Itália condena violência

A premiê da Itália, Giorgia Meloni, condenou os episódios de violência contra torcedores do Maccabi Tel Aviv após a partida entre o clube e o Ajax pela Liga Europa em Amsterdã.
    "O antissemitismo desenfreado é inaceitável e assustador, e é nosso dever garantir total segurança aos cidadãos de religião judaica", disse a primeira-ministra em uma nota divulgada pelo Palácio Chigi.
    Segundo o governo, Meloni expressou ao premiê da Holanda, Dick Schoof, à margem da reunião informal de líderes europeus em Budapeste, "profunda preocupação pela agressão sofrida por torcedores israelenses em Amsterdã".
    "Caçar judeus não significa defender o povo palestino. Não há espaço na Europa para o antissemitismo. É um episódio vergonhoso que remete aos tempos escuros do nazismo", reforçou o vice-premiê e ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, no X.
    "Solidariedade aos israelenses agredidos em Amsterdã e a todas as comunidades judaicas no mundo", acrescentou.
    Após a confusão, a polícia italiana decidiu reforçar a segurança para a partida de basquete entre Virtus Bologna e Maccabi Tel Aviv, em Casalecchio di Reno, nos arredores de Bolonha, nesta sexta-feira (8).
    Os atletas israelenses terão escolta durante os deslocamentos, mas torcedores estão preocupados. "Pedimos atenção para que haja prevenção e garantia de máxima segurança em partidas com equipes israelenses", disse à ANSA a União dos Jovens Judeus da Itália.  

Ataques antissemitas em Amsterdã são desprezíveis, diz Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (8) que as agressões sofridas por torcedores israelenses em Amsterdã, maior cidade da Holanda, são "desprezíveis".

Os "ataques antissemitas contra torcedores israelenses em Amsterdã são desprezíveis e ecoam momentos sombrios da história durante os quais os judeus foram perseguidos", declarou o democrata.

Segundo Biden, é preciso "combater incansavelmente o antissemitismo, onde quer que ele apareça". (ANSA).

Leggi l'articolo completo su ANSA.it