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Base italiana da Unifil volta a ser atingida em novo ataque

Investigação apura origem de lançamento de mísseis

Até o momento, não há registros de feridos

Redazione Ansa

(ANSA) - Ao menos oito mísseis foram lançados nesta terça-feira (19) contra o quartel-general do contingente italiano e o setor oeste da base da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), em Shama, no sul do país.
    Segundo as autoridades locais, os foguetes de 107 mm afetaram algumas áreas abertas e o depósito de peças de reposição da base, onde não havia soldados presentes. Até o momento, a ofensiva não deixou nenhum ferido.
    Cinco soldados italianos estão sob observação médica na enfermaria da base e as suas condições não causam preocupação, relataram fontes oficiais.
    Investigações foram abertas e estão em andamento para determinar o ponto de partida dos disparos e identificar os responsáveis.

Para o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, os mísseis teriam sido lançados pelo grupo xiita Hezbollah.

“Devem ser foguetes leves do Hezbollah” que atingiram a base italiana da Unifil em Shama, no Líbano, afirmou ele, em declaração à imprensa na sede da Farnesina.

Segundo o chanceler italiano, “é inaceitável que as pessoas disparem contra o contingente da Unifil”.

“Eles não têm o direito de o fazer, são tropas que também garantiram a segurança do Hezbollah. Se foi um erro, deixe-os aprender a usar melhor as armas. Não somos inimigos de ninguém, estamos aí para trazer a paz. Toda solidariedade aos soldados italianos que estão engajados com a Unifil, esperamos que este seja o último episódio”, concluiu.  

Por sua vez, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) disse à ANSA que não foi o Exército israelense que atacou a base italiana.

Nos últimos meses, a Força Interina da ONU denunciou diversos ataques de Israel contra suas bases no Líbano, país que é palco de uma ofensiva contra o Hezbollah, aliado do Hamas. Mais de duas mil pessoas já morreram nos conflitos em solo libanês desde meados de setembro.
    As agressões contra a Unifil têm sido fortemente condenadas pela comunidade internacional, sobretudo pelos países que contribuem com militares para a missão, como Itália e Espanha.
    (ANSA).
   

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