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G7 critica ameaças de Putin e apela por trégua no Oriente Médio

Chanceleres divulgaram comunicado final de reunião na Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - Os ministros das Relações Exteriores do G7 afirmaram nesta terça-feira (26) que não vão tolerar as ameaças de uso de armas nucleares feitas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, e voltaram a apelar por um br/brasil/noticias/uniao_europeia/2024/11/26/ue-cobra-netanyahu-a-aceitar-cessar-fogo-no-libano_ca9af844-2845-4930-a543-826af832e334.html">cessar-fogo no Oriente Médio.

"Condenamos nos termos mais fortes possíveis a retórica nuclear irresponsável e ameaçadora da Rússia, bem como a sua posição de intimidação estratégica", diz um trecho do comunicado final do grupo, que está reunido em Fiuggi, na Itália.
    Os chanceleres destacaram que não vão tolerar "ameaças de uso de armas nucleares" pela Rússia no contexto da sua guerra de agressão contra a Ucrânia.
    Além disso, o grupo expressou "a mais profunda preocupação com a utilização de armas químicas e agentes de controle de distúrbios como método de guerra por parte de Moscou contra o território liderado por Volodymyr Zelensky.
    No documento, os ministros também expressaram que se mantêm firmes contra a guerra russa e condenaram "veementemente os ataques brutais contra as cidades e infraestruturas civis críticas da Ucrânia e o seu custo inaceitável para a população civil".
    "A implantação pela Rússia de um míssil balístico de alcance intermédio em 21 de novembro é mais uma prova do seu comportamento imprudente e crescente", ressaltou, lembrando que o "apoio à integridade territorial, à soberania e à independência da Ucrânia permanecerá inabalável".
    Além disso, demonstraram preocupação com o envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia e a sua utilização no campo de batalha contra a Ucrânia e, principalmente, com a potencial transferência de tecnologia de mísseis nucleares ou balísticos, em violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
    Os representantes de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos pediram ainda para "os países com laços com a Rússia e a Coreia do Norte, incluindo a China, a respeitarem o direito internacional, opondo-se a esta situação perigosa e expansão do conflito.
    Ainda sobre a guerra na Ucrânia, o texto esclarece que objetivo final do G7 continua sendo o de alcançar uma paz global, justa e duradoura, capaz de restaurar o pleno respeito pelos princípios fundamentais do direito internacional, claramente violados pela Rússia".
    "Enfatizamos que nenhuma iniciativa sobre a Ucrânia pode ser tomada sem a Ucrânia. Para este fim, continuaremos também a colaborar com parceiros e protagonistas globais para obter o mais amplo apoio internacional possível para os princípios e objetivos fundamentais da Fórmula da Paz da Ucrânia", afirmou.
    Já em referência ao conflito no Oriente Médio, o G7 anunciou seu apoio às negociações em andamento para um cessar-fogo imediato entre Israel e o grupo xiita Hezbollah no Líbano e a plena implementação da resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
    "É hora de concluir uma diplomacia de solução e saudamos a esforços feitos nesse sentido", acrescenta o texto, destacando o "papel desempenhado pelas Forças Armadas Libanesas e pela Unifil, cuja posição deve ser reforçada".
    Os ministros do G7 manifestam ainda sua "profunda preocupação com os recentes ataques" à missão da ONU no Líbano, enfatizando que "todas as partes devem respeitar as suas obrigações para garantir a sua segurança".
    "Estamos profundamente preocupados com a escalada de violência em todo o Oriente Médio, que ameaça a estabilidade regional e destrói as vidas de civis", disseram eles, reafirmando a condenação inequívoca dos ataques terroristas perpetrados pelo Hamas e outros grupos terroristas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
    Por fim, ressaltaram que "estas atrocidades", incluindo o rapto de reféns, não são toleráveis. "Continuamos apelando à imediata libertação de todos os reféns e a devolução dos restos mortais detidos pelo Hamas em Gaza aos seus entes queridos". (ANSA).
   

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