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Tribunal da Geórgia valida eleições em meio a protestos

País entrou em crise após suspender negociações para adesão à UE

Geórgia está em crise desde eleições presidenciais

Redazione Ansa

(ANSA) - O Tribunal Constitucional da br/brasil/noticias/mundo/2024/12/01/apos-protestos-premie-da-georgia-exclui-novas-eleicoes-gerais_9b2031ed-dba6-4d07-9657-7fac967ca957.html">Geórgia rejeitou nesta terça-feira (3) um recurso apresentado pela presidente do país, Salome Zourabichvilli, e 30 parlamentares da oposição para declarar os resultados das eleições de 26 de outubro inconstitucionais devido a supostas manipulações e violações durante o pleito.
    As eleições na Geórgia foram vencidas pelo partido governista Sonho Georgiano, acusado de proximidade com a Rússia. A oposição, no entanto, cuja proposta é acelerar a integração do país com a União Europeia, denunciou que a votação foi marcada por irregularidades e passou a exigir um novo pleito.
    Inclusive, Zourabichvili disse que se recusaria a entregar o mandato no fim do ano, enquanto novas eleições legislativas não fossem realizadas, porque o partido Sonho Georgiano "roubou" a votação com um sistema de fraude inspirado em Moscou.
    A crise política provocou uma série de manifestações e ações judiciais movidas pela atual presidente da Geórgia. No entanto, o plenário do tribunal decidiu contra as alegações e disse que a decisão é final e não poderá ser revisada ou apelada.
    Em nota divulgada pela imprensa local, foi destacado que opiniões divergentes de dois juízes - Giorgi Kverenchkhiladze e Teimuraz Tugushi - levantaram preocupações sobre a acessibilidade dos eleitores no exterior. Tugushi destacou até questões em torno do sigilo do voto.
    Nesta semana, o primeiro-ministro georgiano, Irakli Kobakhidze, já havia acusado Zourabichvili de "cometer um crime direto" ao pressionar os juízes" do Tribunal sobre seu processo eleitoral.
    O comentário foi feito depois que ela pediu "todos os esforços" para agendar a sessão do tribunal, destacando a importância de uma "decisão positiva".
    Nas últimas 24 horas, os confrontos pelas ruas da Geórgia provocaram 26 feridos, a maioria manifestantes, segundo o Ministério da Saúde do país, que foi abalado por protestos pró-europeus. Kobakhidze acusou grupos de oposição de terem "orquestrado a violência". (ANSA).
   

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