Mundo

Premiê da França é destituído do cargo após moção de censura

Michel Barnier permaneceu apenas três meses no cargo

Barnier viu seu governo ser deposto em um voto de desconfiança, coisa que não acontecia desde 1962

Redazione Ansa

(ANSA) - O Parlamento da França derrubou nesta quarta-feira (4) o governo do primeiro-ministro do país, br/brasil/flash/internacional/2024/12/03/parlamento-da-franca-votara-na-quarta-mocao-contra-premie_7a1c89b9-fef8-4357-90ae-d9240b9e146a.html" target="_blank" rel="noopener">Michel Barnier, que assumiu a função há apenas três meses.
    Em uma união pouco usual entre os deputados de esquerda e da extrema direita, a votação da moção de censura contra o premiê foi aprovada por 331 votos de um total de 574 parlamentares.
    Além de se tornar o primeiro-ministro com o mandato mais curto da história da França, Barnier viu seu governo ser deposto em um voto de desconfiança, coisa que não acontecia desde 1962.
    O presidente da França, Emmanuel Macron, voltou imediatamente da Arábia Saudita, onde estava em uma visita oficial, e pretende nomear um sucessor dentro de algumas horas.
    A parlamentar Mathilde Panot, do partido de esquerda França Insubmissa (LFI), declarou que "Macron deve ir" e que a legenda de Jean-Luc Mélenchon está pronta para "chegar ao poder com um programa de ruptura" com o passado.
    "A inevitável censura chegou para Barnier em três meses, e Macron não durará três anos", afirmou Mélenchon.
    Em um tom bastante moderado, Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN), declarou que "deixará o próximo premiê trabalhar" em uma manobra financeira que seja "aceitável para todos".
    "Não havia outra solução. Barnier não deu ouvidos à oposição no desenvolvimento da sua manobra. O imenso amor que tenho pela França sempre facilitou tudo para mim, mesmo que tenha sido forçada a unir os meus votos aos França Insubmissa", avaliou.
    Barnier permaneceu três meses na função e foi nomeado pelo presidente da França pouco tempo depois das eleições de julho, quando a esquerda surpreendeu e ganhou o pleito. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it