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Impeachment de presidente da Coreia do Sul será votado no sábado

Yoon Suk-yeol pode ser destituído por tentar impor lei marcial

Manifestação em Seul pede impeachment do presidente Yoon Suk-yeol

Redazione Ansa

(ANSA) - A votação sobre a abertura do processo de impeachment contra o presidente da br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/12/04/oposicao-pede-impeachment-de-presidente-da-coreia-do-sul_28154418-d661-4249-8af2-43341d7a31fb.html" target="_blank" rel="noopener">Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi marcada para o próximo sábado (7), mas ainda é incerto se a oposição terá os votos necessários para destituir o chefe de Estado.
    A moção de impeachment precisará do apoio de pelo menos 200 dos 300 deputados da Assembleia Nacional para ser aprovada, sendo que os opositores somam 192 parlamentares. Os outros são do Partido do Poder Popular, legenda de Yoon e que promete votar unida contra a deposição do mandatário.
    "Todos os nossos 108 deputados permanecerão unidos para rejeitar o impeachment", assegurou nesta quinta-feira (5) o líder do partido de direita no Parlamento, Choo Kyung-ho, em uma reunião transmitida pela internet. Na votação que revogou a lei marcial decretada por Yoon na terça (3), cerca de 10 parlamentares do Partido do Poder Popular se aliaram à oposição progressista.
    Se for aprovado pela Assembleia Nacional, o processo de impeachment será conduzido pela Corte Constitucional, onde a condenação exigirá os votos de pelo menos seis dos nove juízes do tribunal.
    Paralelamente, a polícia sul-coreana abriu uma investigação contra Yoon por "insurreição". A crise foi desencadeada na noite de terça-feira, com a imposição de lei marcial por parte do presidente, com a desculpa de combater uma suposta ameaça de "espiões" da Coreia do Norte.
    Em seguida, o Exército determinou o fechamento do Parlamento, a proibição de protestos e a suspensão de atividades partidárias, porém a Assembleia Nacional aprovou por unanimidade a revogação da lei marcial e, diante da resistência política e popular, Yoon teve de recuar e agora arrisca perder o cargo.
    A crise também atingiu o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, que renunciou nesta quinta e é acusado de ter ordenado aos militares que invadissem o Parlamento para impedir o acesso de deputados.
    O chefe do Exército, general Park An-su, que havia sido nomeado "comandante" da lei marcial, também colocou seu cargo à disposição.
    A lei marcial pode ser imposta apenas em situações de guerra ou de emergência nacional comparáveis a um conflito armado, e a tentativa de golpe ocorreu na esteira de disputas entre o governo e a oposição, que controla o Parlamento, sobre a lei orçamentária e de acusações de corrupção envolvendo o entorno do presidente. (ANSA).
   

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