(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, convocou neste domingo (8) uma reunião de emergência para discutir a crise na Síria, após rebeldes tomarem o poder do regime de br/brasil/noticias/mundo/2024/12/08/rebeldes-dizem-ter-tomado-poder-na-siria-assad-deixa-damasco_997297ea-91c7-40b6-a9d0-ac49efdb9e50.html">Bashar al-Assad.
"Acompanho com preocupação a evolução da situação na Síria, em contato constante com nossa Embaixada em Damasco e com o Palazzo Chigi", declarou ele em uma publicação no X.
Em nota divulgada pela Farnesina, o chanceler italiano enfatizou que "a entrada de milicianos em Damasco e a dissolução do regime de Assad implicam a necessidade de uma reação imediata, antes de mais nada para a proteção dos italianos que ainda estão no país".
Tajani entrará em "contato com líderes políticos de governos próximos da Itália e verificará os planos de ação já planejados com outras administrações do Estado italiano".
O ministro contou ainda que rebeldes sírios entraram na sede diplomática italiana na Síria em busca de "homens do regime" e levaram três carros. O embaixador nem os carabineiros não foram tocados.
Sobre a fuga de Assad, cujo paradeiro é desconhecido, o vice-premiê da Itália disse que "não se sabe o que aconteceu" com ele. "Não temos informações certas. Parece-me que o regime de Assad já não existe. É difícil que haja uma reação. Já teria acontecido antes. Acredito que a derrota do regime é clara", acrescentou ele. Tajani revelou ainda que 15 cidadãos italianos cruzaram a fronteira com o Líbano e estão agora em Beirute em alguns conventos, enquanto outros chegaram à Jordânia.
Até o momento, não há outros cidadãos italianos pedindo para deixar o país. No entanto, o conselho dado pela embaixada é para que todos fiquem em casa.
Quanto aos italianos de Aleppo, "neste momento estão tranquilos porque a situação é estável. Entre os que estão em Damasco, os que quiseram sair da cidade o fizeram, os que quiseram ficar permaneceram", explicou Tajani, enfatizando que é claro que seu governo está pronto para fazer o que for preciso.
Por fim, reforçou que, na Síria, espera uma transferência entre o regime que caiu e a nova realidade que é pacífica. "Que haja uma transição política e não militar. Parece-me que neste momento as coisas estão caminhando nesta direção. É importante que a unidade política da Síria permaneça".
De acordo com o ministro italiano, "continuam as discussões constantes com os nossos aliados do G7 e não está excluído que possa haver um documento da UE, um documento de 27 membros, nas próximas horas". (ANSA).
Itália convoca reunião emergencial sobre crise na Síria
Governo Meloni acompanha crise com 'atenção e preocupação'