(ANSA) - O Exército de Israel "destruiu as principais instalações militares na Síria" ao lançar cerca de 310 ataques desde a queda do presidente Bashar al-Assad, informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos nesta terça-feira (10).
De acordo com a organização, que tem sede no Reino Unido e recorre a uma vasta rede de fontes em toda a Síria, as tropas israelenses bombardearam aeroportos, radares, depósitos de armas e munições e centros de investigação militar.
Além disso, a ofensiva danificou navios da Marinha Síria que atacavam uma unidade de defesa aérea perto do grande porto de Latakia, no noroeste do país.
Desde a queda do regime de Assad, há três dias, Israel realizou pelo menos 310 ataques com aeronaves militares na Síria, afirmou a ONG, enfatizando que "o plano de Israel é que a nova Síria tenha apenas armas simples disponíveis para uso dentro" do próprio território.
"Com mais de 320 ataques aéreos em 48 horas, Israel destruiu e está destruindo todas as capacidades militares presentes e futuras das forças armadas sírias", acrescenta o relatório, reforçando que "Israel destruiu completamente centros de pesquisa, aeroportos, instalações de radar, defesa aérea, equipamento naval, depósitos de munições." Além disso, fontes militares citadas pela mídia, apontaram que a Marinha israelense conduziu uma operação em grande escala para destruir a frota naval do regime de Assad na Síria, temendo que caísse em mãos erradas.
Numerosos navios da Marinha Síria equipados com mísseis foram destruídos por barcos de patrulha da Marinha israelense na baía de Minet el-Beida e no porto de Latakia, na costa síria.
Paralelamente, fortes explosões foram ouvidas em Damasco, logo depois que o Observatório Sírio para os Direitos Humanos relatou os diversos ataques israelenses.
A ofensiva foi condenada pelo Irã, que acusou Israel de ter "violado" a lei, na sequência da incursão militar na zona tampão do Golã, na fronteira com a Síria.
O Ministério das Relações Exteriores iraniano também criticou o "silêncio e a inação dos países ocidentais, que apoiam Israel, em relação à clara violação da Carta das Nações Unidas pelo regime".
"O Conselho de Segurança da ONU deveria reagir imediatamente à medida, para pôr fim à agressão do regime israelense e forçar (Israel) a responder por ela", declarou o porta-voz, Esmaeil Baghaei, citado pela agência Isna.
Segundo o representante do Irã, "a ação indica uma abordagem hegemônica e agressiva de seu regime e viola as leis internacionais". (ANSA).
O governo israelense anunciou nesta terça-feira (10) que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão criando uma zona desmilitarizada no sul da Síria.
Em visita à base naval em Haifa, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz reiterou ainda que a área não terá presença dos militares permanente e destacou que também será criada uma zona tampão, a chamada Linha Alfa, no território sírio.
Há dois dias foi noticiado que o Exército assumiu o controle da base militar no lado sírio do Monte Hermon, após a retirada das forças de Assad, para evitar que os rebeldes se aproximassem da fronteira com Israel.
Segundo o Canal 12, as FDI avançaram até 14 quilômetros no território sírio. (ANSA)
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