Mundo

Portugal pode esconder mais ossos de escravizados, diz arqueóloga

Escavações descobriram 158 esqueletos de africanos do século 15

Portugal liderou tráfico de humanos da África a partir do século 15

Redazione Ansa

A arqueóloga Elena Morán, diretora do Museu da Escravatura de Lagos, em br/brasil/noticias/uniao_europeia/2023/10/02/ue-investiga-portugal-por-visto-especial-a-brasileiros_c1047e5a-ad4d-4f13-a5da-643fcb154de4.html" target="_blank" rel="noopener">Portugal, onde foram descobertos 158 esqueletos de africanos escravizados em 2009, reconheceu nesta quarta-feira (11) a possibilidade de haver mais ossos enterrados no local, apesar de admitir que a instituição não pretende retomar as escavações.
    A declaração foi dada durante o congresso internacional "Escravaturas de ontem e de hoje: Servidões, rebeliões e opressões", em Lisboa, onde ela revelou que as ossadas foram encontradas em uma lixeira urbana, no Vale da Gafaria, durante as obras para a construção de um estacionamento.
    Em meio às investigações, acredita-se que os esqueletos são de africanos escravizados que teriam vivido no século 15, em Lagos, a primeira cidade da Europa onde desembarcavam pessoas capturadas da África.
    "Podem existir outras ossadas, em número incerto, mas não temos a intenção de escavar mais", afirmou Morán.
    Segundo a arqueóloga, os esqueletos seguem em análise pelo departamento de antropologia forense da Universidade de Coimbra, cujos resultados agora fazem parte de uma base mundial de dados.
    A pesquisadora destacou ainda que o estudo poderá confirmar a procedência desses seres humanos, bem como o estado de saúde da maioria dos esqueletos analisados, como desnutrição, traumas ou episódios de violência.
    Para a representante do museu, a melhor forma de homenagear as pessoas escravizadas é erguer um memorial em Lagos, próximo à área onde ocorreu a descoberta das ossadas. A expectativa é que seja inaugurado em 2025. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it