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'Síria está nas mãos de terroristas', diz Assad

Ex-ditador se pronunciou pela primeira vez após queda

Redazione Ansa

O ex-presidente da Síria br/brasil/noticias/mundo/2024/12/11/governo-da-russia-garante-que-assad-esta-seguro_c640e9e4-c541-4277-94db-c0f8829d1c58.html" target="_blank" rel="noopener">Bashar al-Assad se pronunciou nesta segunda-feira (16) pela primeira vez desde a queda do regime, em 8 de dezembro, e afirmou que o país está "nas mãos de terroristas", além de reconstruir os detalhes de sua fuga para a Rússia.
    "Minha saída da Síria nunca foi planejada e não aconteceu durante as últimas horas do confronto, ao contrário do que alguns alegam", diz o ex-ditador em um comunicado divulgado no Telegram.
    "Ao contrário, eu permaneci em Damasco, realizando minhas tarefas até as primeiras horas de 8 de dezembro. Após forças terroristas se infiltrarem em Damasco, eu fui para Latakia [cidade síria que abriga uma base da Rússia], em coordenação com nossos aliados russos, para supervisionar as operações de combate", acrescenta.
    Segundo Assad, quando ficou claro que as tropas do regime haviam se retirado de todas as linhas de batalha e após ataques com drones contra Latakia, "Moscou pediu que o comando da base organizasse uma evacuação imediata para a Rússia na noite de 8 de dezembro". "Isso aconteceu um dia depois da queda de Damasco, seguindo o colapso das últimas posições militares", afirma.
    No texto, Assad alega que a Síria "caiu nas mãos do terrorismo", disfarçado de "revolução para a libertação" do país. O ditador ficou no poder por 24 anos, após ter sucedido seu pai, Hafez al-Assad, que governara desde 1971.
    Segundo a imprensa ocidental, Assad deixou a capital em um avião cujo transponder foi desligado para evitar o rastreamento.
    A operação foi tão secreta que, segundo fontes, nem mesmo Maher al-Assad, irmão do ex-presidente, sabia do plano.
    A relação entre Síria e Rússia tem raízes profundas, com início no governo de Hafez na década de 1970. Essa ligação se intensificou em 2015, quatro anos após o início da guerra civil que assolou o país, quando o apoio de Moscou ajudou o regime a conter os grupos rebeldes. (ANSA).
   

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