Política

Doria projeta definição de chapa da '3ª via' no fim de maio

Governador de São Paulo ainda tenta alavancar candidatura

Governador João Doria ainda tenta alavancar candidatura a presidente

Redazione Ansa

(ANSA) - Perto de deixar o governo do estado de São Paulo para se candidatar a presidente, João Doria projetou para o fim de maio a definição de uma eventual chapa da assim chamada terceira via nas eleições de 2022.

Com uma disputa polarizada entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, o tucano vem derrapando nas pesquisas - uma sondagem divulgada nesta semana pelo instituto FSB o coloca com apenas 2% das intenções de voto - e deixou subentendido que pode até mesmo não ser cabeça de chapa.

"Não se trata de retirar, trata-se de viabilizar. Todos nós - Simone Tebet [MDB] e eu, que estamos dentro desse debate - estamos seguindo as nossas trajetórias. Em 31 de maio, nós teremos capacidade de oferecer essa resposta: quem competirá na ponta como candidato ou candidata a presidente da República e quem será vice nessa candidatura. Sem excluir Sergio Moro da eventualidade dessa conversa", afirmou Doria em um encontro com correspondentes internacionais no Palácio dos Bandeirantes, ao ser questionado sobre em quais cenários ele retiraria sua candidatura ao Planalto.

"Não será uma eleição fácil, por isso que não pode haver precipitação. Temos de ser muito assertivos ao fazer a escolha correta, que seja competitiva na eleição, sem vaidades, sem prerrogativas", acrescentou. Segundo Doria, é preciso perseguir "determinadamente" a "melhor via" para o pleito.

"Será um pesadelo para o Brasil chegar em outubro com as duas versões de extremistas: da esquerda, com Lula, e da direita, com Bolsonaro. Para formar essa melhor via, precisamos ter doses de humildade, de diálogo, de entendimento, de harmonia e de um sentimento maior que os nossos partidos e maior que as nossas candidaturas", disse.

Segundo Doria, ainda não há conversas iniciadas com o Podemos, partido do ex-ministro Moro, com quem ele diz ter uma "boa relação". "Mas não há nenhum impedimento se, mais adiante, for necessário incorporar o Podemos e a figura do Sergio Moro. Não há veto e não há restrição", explicou.

O tucano deixará o governo paulista em 31 de março para iniciar uma série de viagens pelo Brasil na tentativa de alavancar sua campanha. A primeira parada será a pequena cidade de Rio de Contas (BA), terra natal dos avós de Doria, e a agenda seguirá por Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, terminando em São Paulo. Ao todo, o pré-candidato pretende percorrer 23 estados brasileiros. (ANSA)

Leggi l'articolo completo su ANSA.it