Política

Bolsonaro cancela reunião com presidente português por causa de Lula

Brasileiro também cancelou recepção para chefe de Estado

Bolsonaro e Rebelo de Sousa se encontraram em 2019 e 2021

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, cancelou uma reunião que teria com seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, na próxima segunda-feira (4) porque o chefe de Estado estrangeiro também terá um encontro com Luiz Inácio Lula da Silva.

A informação foi confirmada pelo próprio Bolsonaro para a emissora "CNN Brasil" na noite desta sexta-feira (1º).

"Resolvi cancelar o almoço que ele teria comigo, bem como toda a programação", disse o político à emissora. Questionado sobre o motivo, o mandatário afirmou que "ele teria uma reunião com o Lula". Também foi cancelada a recepção de chefe de Estado feita pelo Itamaraty.

Rebelo de Sousa já embarcou ao Brasil, onde cumprirá agenda em São Paulo - participando da Bienal do Livro - e no Rio de Janeiro. A reunião com Lula está marcada para este domingo (3).

Ainda conforme a "CNN Brasil", o presidente português não comentou o cancelamento antes do embarque.

"É evidente que se Bolsonaro entende que não pode, não quer, não é oportuno, não entra na sua programação e teve a gentileza de confirmar por escrito. Não vou a Brasília. Portugal e o Brasil têm posições diferentes. Portugal é aliado da Ucrânia, o Brasil não. Isso é uma questão pesada. O almoço não é uma questão pesada, não constava sequer no primeiro programa de visita", afirmou ainda Rebelo de Sousa conforme a TV.

O líder português esteve na posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019, e em agosto de 2021 foi recebido pelo mandatário em Brasília. Também à época, Rebelo de Sousa se reuniu com o ex-presidente Lula e ainda Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso.

Agora, novamente, um encontro formal com Temer e FHC pode ocorrer em São Paulo. Por outro lado, Bolsonaro é o primeiro mandatário brasileiro a não ir para Portugal desde 1988 durante um mandato.

Lula lidera as pesquisas eleitorais para o pleito presidencial de outubro deste ano, à frente de Bolsonaro. (ANSA).
   

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