Política

Justiça manda prender bolsonarista que matou membro do PT

Jorge Guaranho está internado em estado grave em Foz do Iguaçu

Justiça manda prender bolsonarista que matou membro do PT
Jorge Guaranho com o deputado Eduardo Bolsonaro

Redazione Ansa

(ANSA) - A Justiça do Paraná decretou nesta segunda-feira (11) a prisão preventiva do militante bolsonarista Jorge Guaranho pelo assassinato do dirigente do PT e guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, mortos a tiros durante sua festa de aniversário.

O crime ocorreu na madrugada do último domingo (10), enquanto Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu (PR), comemorava seus 50 anos com a família e amigos em uma festa temática do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Policial penal federal, Guaranho estacionou seu carro em frente ao local da celebração e, sem sair do automóvel, discutiu com o petista. Cerca de 20 minutos depois, ele voltou armado e, do lado de fora, disparou dois tiros na direção de Arruda.

Em seguida, invadiu o salão e atirou mais uma vez contra o petista, que já estava caído. Mesmo ferido, Arruda conseguiu reagir e efetuou seis disparos na direção de Guaranho. O guarda municipal morreu pouco depois, enquanto o policial penal está internado em estado grave, embora a polícia paranaense tenha divulgado inicialmente que ele também tinha falecido.

De acordo com testemunhas, Guaranho não conhecia ninguém na festa e chegou ao local gritando palavras de ordem pró-Bolsonaro.

"Tudo ia muito bem até a festa ser invadida por um desconhecido gritando Bolsonaro, mito, etc. Após uma rápida discussão, esse desconhecido sacou uma arma e ameaçou a todos, logo depois saiu, dizendo que voltaria para matar todo mundo", escreveu no Facebook Andre Villana, amigo de Arruda.

"Óbvio que ninguém deu muita bola, mas o Marcelo falou 'vai que esse maluco volta, por via das dúvidas vou pegar minha arma no carro'. Infelizmente, o maluco bolsonarista voltou e acabou executando o Marcelo com três tiros, que mesmo ferido conseguiu balear o agressor, que tinha voltado provavelmente pra fazer uma chacina", acrescentou.

Arruda era casado e pai de quatro filhos, incluindo uma menina de dois meses de idade. Já Guaranho é apoiador de Bolsonaro e usa suas redes sociais para defender políticas e declarações do presidente. Há cerca de um ano, postou inclusive uma foto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

O presidente, por sua vez, afirmou nesta segunda-feira que não tem "nada" a ver com "esse episódio de Foz do Iguaçu". "Somos contra qualquer ato de violência. Eu já sofri disso na pele. A gente espera que não aconteça, obviamente. Está polarizada a questão. Agora, o histórico de violência não é do meu lado, é do lado de lá", disse Bolsonaro, que durante a campanha de 2018 defendeu "fuzilar a petralhada". (ANSA)

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