Política

Bolsonaro faz apelo para apoiadores liberarem estradas

Ainda há mais de 80 pontos de interdição pelo Brasil

Bloqueios ilegais de rodovias começaram na noite do domingo

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da República, Jair Bolsonaro, publicou um vídeo na noite desta quarta-feira (2) em que pede que seus apoiadores parem de interromper o trânsito em rodovias brasileiras.

Desde o fim da noite de domingo (30), quando o mandatário foi derrotado nas urnas pelo adversário Luiz Inácio Lula da Silva, bolsonaristas têm bloqueado o trânsito em vários estados do país porque não aceitam os resultados das eleições presidenciais.

"Tem que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além de prejuízo à nossa economia. Sei que a economia tem sua importância e sei que vocês estão dando mais importância a outras coisas agora. É legítimo. Mas eu quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte dessas manifestações legítimas", disse na publicação.

Bolsonaro ainda afirmou que os protestos devem ser feitos em praças e em locais que não afetem o fluxo de pessoas. "O apelo que eu faço a você: desobstrua as rodovias, proteste de outra forma, em outros locais que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democracia. Por favor, não pensem mal de mim. Eu quero o bem de vocês", ainda afirmou.

Os bloqueios ilegais e os protestos antidemocráticos chegaram a mais de 830, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mas, conforme o último boletim do órgão, publicado às 6h15 desta quinta-feira (3), ainda há 86 interdições em 11 estados.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou já na segunda-feira (31) que as estradas fossem desobstruídas e determinou uma multa pessoal por hora contra o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, se as vias não fossem liberadas. Ainda permitiu que as Polícias Militares e Estaduais poderiam atuar em caso de omissão da PRF.

A decisão não foi cumprida de imediato porque a PRF afirmou que a situação era "complexa". Então, muitos governadores determinaram ações de seus agentes para liberar o fluxo de veículos. (ANSA).
   

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