Política

Deputados dos EUA pedem extradição de Bolsonaro

Ex-presidente está passando férias na Flórida

Bolsonaro está nos EUA desde o fim de dezembro

Redazione Ansa

(ANSA) - Mais um deputado democrata se manifestou pedindo a extradição do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que está na Flórida, nos Estados Unidos, passando férias desde o fim de 2022, por conta dos violentos atos golpistas promovidos por seus apoiadores na Praça dos Três Poderes neste domingo (8).

"Eu fico ao lado de Lula e do governo democraticamente eleito. Terroristas internos e fascistas não podem ser autorizados a usar o método de [Donald] Trump para minar a democracia. Bolsonaro não deve receber refúgio na Florida, onde ele está se escondendo da responsabilidade por seus crimes", escreveu nas redes sociais o deputado Joaquin Castro.

A fala segue na mesma linha da deputada Alexandria Ocasio-Cortez, que ainda durante a insurreição havia comparado a invasão dos prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto àquela do Capitólio por apoiadores de Trump em janeiro de 2021.

"Quase 2 anos depois que o Capitólio dos EUA foi atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas no exterior tentando fazer o mesmo no Brasil. Devemos ser solidários com o governo democraticamente eleito de Lula. Os EUA devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida", escreveu nas redes sociais.

Segundo informações da mídia norte-americana, uma possível extradição está sendo analisada pelo Departamento de Justiça da administração de Joe Biden, mas não está excluído que o assunto possa ser debatido na Câmara dos Deputados - que atualmente é controlada pelos republicanos.

Pouco depois, o conselheiro para a Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou que o governo não recebeu nenhum pedido de extradição formal do Brasil contra o ex-presidente.

"Naturalmente, se recebermos tais pedidos, os trataremos como sempre fazemos: tratando seriamente", disse Sullivan à mídia, reforçando ainda que o governo não está em contato direto com Bolsonaro. (ANSA).

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