Política

Moraes autoriza inquérito para investigar Bolsonaro por atos golpistas

Ex-presidente deve ser incluído em inquérito sobre instigadores

Bolsonaro é apontado como um dos 'instigadores e autores intelectuais' dos atos golpistas

Redazione Ansa

(ANSA) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta sexta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigue o ex-presidente Jair Bolsonaro no âmbito do inquérito que apura os atos golpistas feitos por apoiadores dele no último dia 8 de janeiro. Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a ação.

O ex-mandatário entraria na investigação sobre os "instigadores e autores intelectuais" da invasão dos prédios federais na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Esse inquérito foi autorizado pela presidente do STF, Rosa Weber.

A inclusão de Bolsonaro é justificada por conta de um vídeo com notícias falsas republicado pelo político em suas redes sociais, que dizia que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, foi "escolhido pelo STF".

"Assinada por membros do Ministério Público Federal, a representação sugere que, ao postar vídeo no dia 10 de janeiro questionando a regularidade das eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro teria feito incitação pública à prática de crime (art. 286 do Código Penal). A postagem foi apagada após a veiculação, no dia 11 de janeiro", diz a nota divulgada pela PGR.

O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, que coordena o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, afirma ainda que "não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão".

"Por tal motivo, justifica-se a apuração global dos atos praticados antes e depois de 8 de janeiro de 2023 pelo representado", diz o documento, que ainda pede que a Meta, dona do Facebook, preserve o "vídeo postado e apagado no perfil do ex-presidente".

Ao todo, sete inquéritos foram requeridos ao STF para investigar os atos golpistas do dia 8 de janeiro. (ANSA).
   

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