Política

UE pode impor novas sanções a Belarus após fala de Putin

Russo disse que deslocaria armamento nuclear para país

Rússia ameaçou destacar armas táticas para Belarus

Redazione Ansa

(ANSA) - O alto representante para Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou neste domingo (26) que o bloco pode impor novas sanções contra Belarus caso a fala do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre as armas nucleares se concretizar.

"Belarus abrigar armas nucleares russas significaria uma escalada irresponsável e uma ameaça à segurança europeia. Belarus ainda pode parar isso, a escolha é deles. A UE está pronta para responder com novas sanções", escreveu o espanhol em suas redes sociais.

No sábado (25), Putin afirmou que enviaria armamentos nucleares táticos para ficar de prontidão no território do país-aliado.

O presidente da nação, o ditador Aleksandr Lukashenko, no poder desde 1994, sempre se manteve ao lado de Moscou, apesar de dizer publicamente que não está envolvido diretamente na guerra.

Mas foi por Belarus, inclusive, que parte das tropas russas entraram na Ucrânia logo no início da guerra, em fevereiro do ano passado. E, segundo dados de Kiev, cerca de quatro mil soldados russos ainda estão ali próximos à fronteira com a Ucrânia.

Também por meio das redes sociais, o principal conselheiro da Presidência ucraniana, Mykhailo Podolyak, disse que "Putin está muito previsível" e que sua declaração "admite que tem medo de perder e tudo que pode fazer é assustar falando em armas táticas".

"E ainda declara, mais uma vez, seu envolvimento nesse crime: a violação do tratado de não proliferação de armas nucleares", pontuou.

Já os Estados Unidos se manifestaram sobre o tema e disseram que "não há nenhuma indicação" que a Rússia transferiu as armas nucleares para o país de Lukashenko e nem que Moscou esteja realmente planejando usar esse tipo de armamento no conflito.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se manifestou ao jornal "The Guardian" e ressaltou que essa retórica "é perigosa e irresponsável" e que a Aliança "está monitorando a situação". (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it