Política

Rússia prende jornalista norte-americano por suposta espionagem

WSJ nega acusações; prisão deve ser de no mínimo dois meses

Evan Gershkovich atua como correspondente na Rússia (Foto: Reprodução/Instagram)

Redazione Ansa

(ANSA) - A Rússia prendeu o jornalista norte-americano Evan Gershkovich, que trabalha para o "Wall Street Journal", em Ekaterimburgo, nesta quinta-feira (30), sob a acusação de "espionagem". A detenção já foi ratificada por um tribunal de Moscou e ele deve permanecer detido por ao menos dois meses.

Essa é a primeira vez desde o fim da Guerra Fria que um jornalista dos EUA é preso por ordem do governo russo. O Kremlin acusa o jornalista de estar recolhendo informações secretas de uma instalação militar em Ekaterimburgo.

Por meio das agências de notícias estatais Tass e Ria Novosti, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, afirmou que o trabalho desenvolvido por Gershkovich "não tinha nada a ver com jornalismo".

"Infelizmente, não é a primeira vez que o status de 'correspondente estrangeiro', o visto jornalístico e o credenciamento são usados por estrangeiros em nosso país para atividades que não são jornalismo", acrescentou.

Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse aos jornalistas em sua coletiva diária que espera que os EUA "não façam atos de represália" sobre a prisão.

Por sua vez, o WSJ "desmente com veemência" as acusações de espionagem de Moscou.

"O Wall Street Journal rejeita as acusações dos serviços de segurança russos e pede a libertação imediata de Evan Gershkovich, um jornalista confiável e consciente. Somos solidários com Evan e sua família", diz a nota da publicação. (ANSA).
   

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