(ANSA) - A China anunciou que encerrou "com sucesso" nesta segunda-feira (10) os exercícios militares realizados por três dias ao redor de Taiwan. Os treinos incluíram operações para cercar a ilha e também a simulação de ataques.
Segundo o porta-voz do Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação, Shi Yi, os objetivos da operação eram "patrulhamento e prontidão para combate" e os exercícios atingiram os espaços "aéreos e marítimos" em torno de toda a península.
Nesta segunda-feira, as simulações incluíram jatos de combate H-6K que estavam com "armas reais" e fizeram "ataque simulados" com o objetivo novamente de "cercar" a ilha. O porta-aviões Shandong também foi usado.
Já o governo de Taiwan informou que contabilizou 91 aeronaves e 12 navios de guerra chineses ao redor da ilha nas últimas 24 horas. Conforme o Ministério da Defesa, 35 jatos ultrapassaram a linha do Estreito de Taiwan, que divide as águas territoriais de cada um dos lados.
Os exercícios militares foram anunciados por Pequim por causa da visita da presidente da península, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos na última semana. No país, a líder se reuniu com vários expoentes políticos, incluindo o chefe da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy.
O treinamento foi similar ao realizado pela China em agosto de 2022, quando a então líder da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, fez uma visita formal a Taiwan.
Acirrando ainda mais o clima, os EUA confirmaram que seu navio contratorpedeiro USS Milius fez um missão hoje no Mar do Sul da China, perto das Ilhas Spratly, reivindicadas por Pequim.
Apesar do apoio norte-americano, que inclui o fornecimento de armamentos e equipamentos militares, Washington não reconhece Taiwan como um país. Já Pequim considera a península "rebelde" como parte de seu território e acusa os EUA de tentarem desestabilizar a região.
Nota oficial
O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan afirmou que a China está “minando a paz e a estabilidade” na região após os três dias de exercícios militares.
Além disso, informou que o governo “manterá as ligações estreitas com os Estados Unidos” para impedir “o expansionismo autoritário”. (ANSA).