Política

Nos 100 dias de governo, Lula fala que 'Brasil voltou'

Presidente fez longo discurso ao lado de ministros em Brasília

Lula fez discurso ao lado de ministros sobre os 100 dias do governo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um longo discurso em Brasília nesta segunda-feira (10) para falar sobre os primeiros 100 dias de seu governo. Citando os programas sociais e a defesa da democracia, o mandatário repetiu por diversas vezes que "o Brasil voltou".

O encontro contou com a presença de todos os ministros, aos quais Lula agradeceu pelo trabalho, e logo no início, antes de ler o discurso que tinha programado, ainda fez críticas indiretas ao seu antecessor, Jair Bolsonaro, citando sua primeira posse.

"Acho que é importante lembrar que da outra vez, eu recebi o governo de um presidente democrata, um companheiro que tinha uma história de luta pela democracia, pelos direitos humanos, que tinha sobretudo uma marca de civilidade que o que eu estou substituindo agora não tem", disse referindo-se a Fernando Henrique Cardoso.

Lula ainda afirmou que seu otimismo "não é exagerado" porque "nós sabemos o que esse país passou entre 2018 e 2022".

Na hora da leitura do discurso, intercalada por diversos comentários fora do script, o presidente focou em processos em andamento e futuros.

"Uma frase muito pequena traduz a enormidade do desafio que cumprimos nesses primeiros 100 dias de governo: o Brasil voltou. Antes de tudo, o Brasil voltou a ter governo. Um governo que se espelha no povo brasileiro e acorda cedo para trabalhar. O Brasil voltou para trabalhar naquilo que deveria ser a razão de ser de todos os governos: cuidar das pessoas", pontuou.

Falando dos programas sociais reimplementados, como no caso do Bolsa Família e do Minha Casa Minha Vida, Lula ainda falou que o país voltou "a olhar para o futuro". "E isso significa investir em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, conectividade, expansão do pré-sal, energia solar e eólica e outras ações para colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento", acrescentou.

Segundo Lula, "não se constrói um país verdadeiramente desenvolvido sobre as ruínas da fome, dos ataques à democracia, do desrespeito aos direitos humanos e das desigualdades de renda, raça e gênero". "Não se chega a lugar nenhum deixando para trás a metade mais sofrida da nossa população. É para essas pessoas que estamos aqui", disse ainda.

Sobre as questões ambientais, o petista afirmou que o Brasil "voltou a cuidar de seus biomas, sobretudo da maior floresta tropical do planeta, com o restabelecimento do Fundo Amazônia".

O presidente brasileiro também citou o retorno do país a organizações internacionais e ressaltou que a nação "voltou a ter uma política externa ativa e altiva, como diz meu companheiro Celso Amorim, tendo diálogo com todos os países do mundo".

"O Brasil voltará a ser referência mundial na questão da sustentabilidade e cumprirá todas as metas assumidas até 2030. Não é uma tarefa fácil, até porque a Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente] sabe tudo que foi desmontado. É importante que as pessoas compreendam que as coisas não são fáceis, mas vamos cumprir as metas. E vamos proteger todos os biomas brasileiros", pontuou ainda.

"Foram 100 dias de muito trabalho. Temos mais 1.360 dias para seguir reconstruindo o país. Apresentamos o novo arcabouço fiscal, que traz soluções realistas e seguras para o equilíbrio das contas públicas [...] e estamos trabalhando em uma reforma tributária que corrige as distorções históricas de um sistema de tributação regressivo e injusto para os brasileiros", ressaltou ainda.

"O Brasil voltou a ter futuro e isso é apenas o começo", finalizou. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it