(ANSA) - A oposição ao governo da Itália criticou neste sábado (15) as declarações da primeira-ministra Giorgia Meloni durante sua visita a Etiópia sobre alterações na política migratória do país.
Elly Schlein, secretária do Partido Democrático (PD), maior legenda de esquerda da Itália, disse achar "uma pena tentar novamente fazer os mais frágeis pagarem pela incapacidade deste governo de construir políticas migratórias".
"Eles estão tentando trazer de volta os decretos de segurança de Salvini também em aspectos como os da abolição da proteção em que, além disso, houve questões críticas levantadas pelo Tribunal Constitucional", declarou Schlein à margem de uma iniciativa eleitoral em Siena.
A líder de esquerda reforçou que seu partido é "firmemente contra e continuará lutando para que as políticas migratórias estejam alinhadas com os direitos internacionais, com cartas internacionais a partir da de Genebra sobre os direitos das mulheres e homens refugiados".
"Temos uma posição muito clara sobre isso", concluiu.
Mais cedo, Meloni afirmou em coletiva de imprensa em Adis Abeba que seu "objetivo é a eliminação da proteção especial dos migrantes, porque é mais uma proteção em relação ao que acontece com o resto da Europa".
Fascismo -
Durante uma iniciativa eleitoral em apoio à candidata a prefeitura Anna Ferretti, Schlein fez um apelo para que o governo Meloni não "reescreva a história antifascista" da Itália.
"Na véspera de 25 de abril, digo a este governo, não permitiremos que ninguém reescreva a história antifascista deste país", declarou ela.
"Faço isso com o pensamento comovido de nossos avôs que nesta terra com nossas avós fizeram uma verdadeira resistência ao fascismo, à privação da liberdade, à privação do futuro que infelizmente aquele passado causou, e que alguém hoje procura tirar o pó pela negação do ocorrido", concluiu. (ANSA).