Política

UE não deve seguir agenda definida por outros, diz Mattarella

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou nesta quarta-feira (19), durante um discurso na cidade polonesa de Cracóvia, que a União Europeia "não deve seguir" a agenda definida por outros países ou por situações internacionais.

Segundo o mandatário, "cada dia é um novo teste" para o bloco.

"Mas, seria completamente inadequado pensar em uma Europa fruto da corrida frenética para enfrentar problemas ditados por outros, em um quadro internacional decidido por outros. Em outros termos, a exigência em fazer da Europa uma protagonista não encontra uma resposta adequada na visão apenas de uma União como uma soma temporária e mutável de humores e interesses nacionais, portanto, por definição, perpetuamente instável", disse o líder italiano.

O chefe de Estado ainda disse que é preciso "olhar como tornar concreta a perspectiva da autonomia estratégica da União Europeia, em um nível que possa assegurar uma postura dissuasiva, conscientes de que isso significa reforçar - e não enfraquecer - as nossas alianças, ponto de força do nosso sistema de defesa".

Mattarella também lembrou que a Polônia lembra dos 80 anos da revolta do Gueto de Varsóvia e acrescentou que "a memória daquela barbárie segue inesquecível em nossas mentes e em nossos corações", destacando a Itália também está ao lado dessa causa.

Falando da guerra na Ucrânia, o presidente cobrou que "ninguém fique indiferente perante a brutal agressão da Rússia", ressaltando que os ucranianos têm um país "soberano, livre, democrático".

"A população está sendo alvo de ataques mirados e criminosos que matam com ferocidade, colocando na mira, sem escrúpulos, as infraestruturas civis ucranianas para deixar a população congelar e no escuro. Hoje a Europa é testemunha de crimes que são frutos de uma renovada exasperação nacionalista, que quer violar fronteiras, conquistar espaços territoriais reivindicando a presença de grupos populacionais pertencentes a uma mesma cultura", destacou. (ANSA).
   

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