(ANSA) - O ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar da Itália, Francesco Lollobrigida, disse nesta quinta-feira (11) que existe uma "etnia italiana" que deve ser protegida.
A declaração foi dada durante discurso no fórum "Estado Geral de Nascimento" em Roma para abordar o problema de baixa natalidade na Itália. Nos últimos dias, o evento reuniu empresários e políticos de todo o espectro ideológico para analisar as causas e encontrar soluções para a baixa taxa de natalidade do país.
"Acho que é claro para todos que não existe raça italiana. É um falso problema imaginar um conceito desta natureza. No entanto, existe uma cultura, uma etnia italiana [...], que imagino que nesta conferência haja uma tendência a proteger, porque senão não faria sentido", garantiu Lollobrigida.
O ministro do governo da premiê italiana, Giorgia Meloni, associou a definição de etnicidade à definição de "agrupamento linguístico-cultural", de acordo com a enciclopédia Treccani, referência na Itália.
Além disso, ele reconheceu que "a população do mundo está crescendo e muitos dos nascidos no mundo gostariam de vir morar na Itália.
"Então, por que se preocupar com os nascimentos na Itália? Se a resposta é aumentar a natalidade, provavelmente é por motivos relacionados à defesa desse pertencimento, ao qual muitos estão ligados, eu em particular com orgulho, ao que é a cultura italiana, à nossa linhagem linguística, ao nosso modo de vida", acrescentou.
Logo depois, a secretária do Partido Democrático (PD), Elly Schlein, criticou duramente a declaração de Lollobrigida.
“As palavras de Lollobrigida são extremamente erradas, e não são as primeiras. O conceito de raça não deveria existir. Acho que é um conceito que devemos deixar para outros tempos", afirmou ela ao programa Piazzapulita, do canal LA7.
Recentemente, o político, que é membro da formação do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), também protagonizou outra polêmica ao dizer que o país não poderia "ceder à ideia de substituição étnica" para manter seu sistema econômico e social. (ANSA)
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