(ANSA) - A premiê italiana, Giorgia Meloni, visitou cidades afetadas pelas fortes chuvas na Emilia-Romagna neste domingo (21) e afirmou que está "comovida" com o que viu e que é "difícil estimar" os prejuízos provocados pela onda de mau tempo na região.
"O governo está aqui. Foi uma tragédia, mas é uma ocasião para renascer mais fortes. É difícil fazer estimativas, mas vamos mobilizar muitos recursos. Agora, a nossa missão, com o trabalho incrível da Defesa Civil, das forças de ordem, das forças armadas, é dar respostas imediatas", disse aos jornalistas.
Questionada de onde viriam aos fundos, Meloni repetiu que é "difícil fazer uma estimativa dos danos, mas sei que eles serão muito duros". "Fizemos uma primeira estimativa dos danos sobre a viabilidade, mas até que não estivermos seguros, é muito difícil", acrescentou, referindo-se que há ainda um alerta vermelho para toda a área por risco de deslizamentos.
A premiê ressaltou que sua visita serve também para "entender" quais são as necessidades mais urgentes para as cidades e não descartou usar o Fundo Europeu de Solidariedade para complementar os montantes necessários.
Além disso, a primeira-ministra elogiou o trabalho das pessoas nas cidades visitadas e também de muitos jovens voluntários que foram de outras partes da Itália para auxiliar nos serviços de limpeza e reconstrução.
Um dos compromissos da premiê foi uma reunião com líderes regionais e locais na prefeitura de Ravenna, uma das mais afetadas pelas enchentes.
Quem também participou do encontro foi o governador da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini, que afirmou aos jornalistas que será preciso um reembolso de 100% como aconteceu no terremoto que atingiu a região há cerca de 10 anos.
"Há pessoas que perderam tudo que estava dentro das casas e nas suas empresas. Além disso, precisamos de reconstrução material de tudo que cedeu: mais de 600 estradas e temos 300 deslizamentos ativos. A colina e a montanha não serão esquecidas. Alguns bosques inteiros deslizaram", acrescentou.
A Emilia-Romagna ainda contabiliza milhares de desabrigados - um último boletim neste domingo apontou 26,5 mil desabrigados, em número que chegou a bater 36,6 mil - e mantém alertas para riscos de deslizamento porque ainda há previsão de chuvas para hoje e segunda-feira (22). (ANSA).