Política

Herança de Berlusconi deve ser dividida entre 5 filhos

Ex-premiê faleceu em Milão aos 86 anos

Redazione Ansa

(ANSA) - Por Sara Bonifazio - A herança do senador e ex-premiê da Itália Silvio Berlusconi, que faleceu nesta segunda-feira (12) em Milão, será dividida entre os cinco filhos de seus dois casamentos. O patrimônio "mal contabilizado" soma quase 4 bilhões de euros.

Só perante o notário se saberá se a terceira mulher do político, Marta Fascina, com quem casou-se apenas "simbolicamente", um matrimônio sem valor legal em 2022, será destinatária de parte dos bens e contas bancárias do Cavaliere.

Mas as atenções estão voltadas para a reorganização da Fininvest, holding com 4,9 bilhões de euros de patrimônio líquido. Da declaração de bens de 2021 apresentada por Berlusconi no Parlamento resulta um valor tributável de quase 18 milhões (17.697.119 euros) que o tornam o "Patinhas" do Senado.

Da documentação reportada, surge a composição do seu patrimônio, constituído por empresas, mas também por imóveis. Ele é proprietário direto de três "super" vilas - Villa Due Palme em Lampedusa; uma em Antigua, nas Antilhas, onde também possui um terreno, e Villa Campari, em Lesa, no Lago Maggiore -, além de cinco apartamentos e duas garagens em Milão, na sua residência histórica em San Gimignano.

Além disso, há também três barcos em nome de Berlusconi, o Principessa - um mega iate à vela de 42 metros do estaleiro Perini -, o San Maurizio e o Sweet Dragon, uma lancha Magnum '70 (que sofreu um acidente fatal no ano passado ao largo de Porto Cervo).

Por fim, resultam de todos os seus investimentos diretos: na Dolcedrago, onde se concentram as atividades imobiliárias (Essebi Real Estate, Immobiliare Dueville, Immobiliare Idra), nas holdings de participação Prima, Seconda, Terza e Ottava, com as quais controla a Fininvest, e pequenos investimentos na Banca Popolare de Nápoles, na Banca Popolare de Sondrio e na sociedade esportiva Forza 5.

Berlusconi também detém 60% da Brianzadue, em cuja carteira imobiliária no valor de cerca de 30 milhões de euros aparecem Villa Sottocasa em Vimercate (Monza) e Villa Gernetto em Lesmo.

O tema central da sucessão, porém, é a divisão de 61% da Fininvest, empresa que controla a Mfe-Mediaset. Se a parte de Silvio Berlusconi fosse distribuída em partes iguais para seus cinco filhos, a maioria da Fininvest passaria para Bárbara, Eleonora e Luigi. Se, em vez disso, em seu testamento, Berlusconi tivesse disposto de forma diferente sobre um terço da herança, Bárbara, Eleonora e Luigi poderiam parar em cerca de 45% e, portanto, não ter o controle.

A ideia recolhida no mercado é que, se o controle passasse para os três filhos que Berlusconi teve com Veronica Lario, a probabilidade de transferência do controle seria maior porque Bárbara, Eleonora e Luigi não estão envolvidos na gestão das empresas do grupo. (ANSA).
   

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