Política

Premiê da Itália relata último telefonema com Berlusconi

Já Tajani disse que ex-premiê pediu para ele trabalhar pela paz

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, recordou na tarde desta segunda-feira (12) seu último telefonema com o senador e ex-premiê Silvio Berlusconi, que faleceu aos 86 anos.

"Tê-lo, poder confrontar com ele era um elemento que o tranquilizava em muitas coisas. Ele já esteve lá antes e se saiu bem. Também tenho muito orgulho do fato de que ultimamente, sobretudo, ele me ligava com frequência e dizia 'você está trabalhando bem'", relatou a líder italiana em entrevista que será transmitida na edição das 20h (hora local) do Tg5 e no especial do Canale 5.

Para Meloni, isso "não foi fácil, em suma, para um homem com essa experiência". "E até no último telefonema que tivemos ele me disse: 'Olha, quero te dizer que estou muito orgulho do trabalho que você está fazendo, de como você está fazendo", lembrou ela.

Berlusconi governou a Itália por três vezes, entre os anos de 1994 e 1995, 2001 e 2006 e 2008 e 2011, e era senador da República desde o fim do ano passado, integrando a base de apoio de Meloni, sua aliada de longa data.

Durante a entrevista, Meloni também foi questionada se sem Berlusconi a coalizão de centro-direita conseguirá não discutir.

"Penso que devemos a ele. Estou muito orgulhosa do fato de Berlusconi ter visto outro governo de centro-direita, que também contribuiu para este governo de centro-direita", respondeu ela.

Segundo a chefe de governo, "esse também foi um de seus muitos grandes legados e claramente para nós, hoje, esta é uma responsabilidade a mais e não é fácil, porque bem ou mal, além de ser a 'cola', ele também era o que tinha mais experiência entre nós".

Além de Meloni, o chanceler italiano e coordenador do partido conservador Força Itália (FI), Antonio Tajani, lembrou também de sua última troca de mensagens com seu amigo Berlusconi.

"Também falei com ele sobre esta missão aos Estados Unidos e ele me disse: 'Não se esqueça, trabalhe pela paz'", relatou o ministro das Relações Exteriores aos jornalistas em Washington, enfatizando que, "ontem de manhã, ele me enviou uma mensagem, a última, me convidando para trabalhar pela paz na Ucrânia".  (ANSA).
   

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