Política

Meloni discute migração e Ucrânia com Macron

Premiê afirmou que é preciso frear a 'escravidão do 3º milênio'

Meloni se encontrou com Macron em Paris, na França

Redazione Ansa

(ANSA) - Em visita à França, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, elogiou nesta terça-feira (20) a união entre os dois países, destacando que cumprem um papel "central" na União Europeia.

"Itália e França são duas nações ligadas, além de centrais e protagonistas da UE. Elas precisam particularmente dialogar em um momento como este, porque nossos interesses comuns são muitos e convergentes", destacou a chefe de governo em declarações à imprensa.

A premiê italiana ainda comentou que a reunião com Macron também foi importante para "entender como enfrentar grandes desafios" e, ao mesmo tempo, "beneficiar os interesses nacionais e europeus".

A crise migratória é um dos temas mais delicados da agenda bilateral, tanto que foi assunto da reunião entre os líderes. O presidente francês mencionou a necessidade de fortalecer a política comum do bloco europeu sobre a questão dos refugiados.

"Continuamos vendo dramas no Mediterrâneo, precisamos nos organizar melhor", alertou Macron, destacando a necessidade de reforçar "o controle das fronteiras externas".

Em relação ao tema, Meloni foi clara ao dizer que Itália e França "não podem continuar permitindo a escravidão do terceiro milênio", definindo-a como a entrada de pessoas em nações "feita por redes criminosas".

"Precisamos de colaborar e encontrar alternativas para a migração legal", informou Meloni.

A guerra na Ucrânia foi outro importante assunto em pauta durante o encontro bilateral. A primeira-ministra italiana reforçou que Roma e Paris seguirão apoiando Kiev "em todos os níveis".

"Caso não fizéssemos isso, nós encontraríamos um mundo muito mais caótico. O que os ucranianos estão fazendo é também defender nossa liberdade", afirmou a premiê, acrescentando que o escudo antiaéreo franco-italiano Samp-T já está em operação no conflito.

Por fim, Meloni voltou a promover a candidatura de Roma para receber a edição de 2030 da Exposição Universal.

"O ano de 2030 será muito particular e estratégico, me parece um belo sinal fazer com que a Expo volte para Roma. O legado tem como objetivo construir um caminho de progresso para a comunidade internacional", finalizou. (ANSA).
   

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